sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Jogo 26/08/10

Placar: Time A 12 x 9 Time B

Escalações e gols
Time A: Rodrigo (1), Codevilla, Filipelli (4), Carlos (3), Amauri (depois Michael, 4)

Time B: Michael (2), Marcelo (5), Elio, Colling, Fabio (2) (depois Codevilla)

Como foi o jogo
Futebol também é diversão, e não apenas competição. Como toda semana, nos divertimos muito no Planet Ball Arena, mas os minutos que passamos em quadra na última quinta-feira foram, sem dúvida, os mais surreais e, por isso mesmo, divertidos da história do grupo.

Começamos tendo que lidar com a ausência de um dos jogadores - Antônio confirmou e simplemesmente não apareceu. Por isso, o simples fato de a partida ser realizada já seria motivo de comemoração. A solução encontrada para completar o quórum mínimo foi sair recrutando algum espectador mais disposto entre a animada plateia que sorvia goles de cerveja nas instalações esportivas mais badaladas da Cristiano Fischer.
A 'convocação' deste espectador acabou sendo o fato mais relevante daquela jornada. Para alguns, com aquele gesto o jogo se transformou em um ato de inclusão social e resgate da cidadania.
O nosso visitante se chama Michael, um menino simples, de olhar ansioso, que esperava do lado de fora da quadra algum convite para participar. A benevolência, democracia, e o escotismo dos Amigos do Caroço são conhecidos mundialmente. Por isso, Michael foi recebido com muito calor humano num gesto que, afinal, mostra também a nosso engajamento na diminuição da exploração do trabalho infantil.
Assim que pisou no gramado sintético, Michael se sentiu como uma criança carente em época de Natal, recebendo a visita de um Bom Velhinho caridoso. Com a bola nos pés, parecia que, por uma hora, seus problemas tinham acabado de forma definitiva. Os outros jogadores, atônitos, trocavam olhares perguntando-se de onde thavia saído tal exótica criatura.

Apesar do abrigo surrado e das chuteiras já bastante desgastadas, Michael virou Neymar, Ronaldinho, Taison ou qualquer outro malabarista da bola. Ele brincou, pedalou, dançou, deu dribles (entre eles, o genial 'drible do Saci'), fez gols e se consagrou. A egotrip do promissor adolescente parecia ainda mais intensa diante da estática e inócua marcação dos roliços dublês de atleta de meia-idade que ensaiavam combate aos malabares do esguio jogador. Michael passava fácil pelos pinos plantados em campo.
Durante os minutos em que esteve jogando conosco, Michael transformou o Planet Ball Arena no Maracanã. E ele se divertiu. deve estar rindo até agora da nossa cara e do nosso futebol. Mas também NOS divertiu.


O placar, a vitória, a diferença de gols, não importavam mais. O jovem Michael resgatou, para nós, velhos boleiros, a alegria do futebol divertido, descompromissado, liberado, engraçado. E tornou o jogo inesquecível. Os torcedores do Planet Ball Arena que deram as costas para a quadra (foto central do mosaico) devem ter se arrependido.

Lance Jabulani
Fábio recuou para Elio que tentou chutar de esquerda, mas furou espetacularmente em bola, inclusive arrancando risadas dos participantes

Lance Demmaaais
O novato Michael "Taison" chegou antes numa sobra de bola, deu uma meia-lua no goleiro Colling e concluiu para o gol vazio.

Atuações

Time A
Codevilla - Depois de dois jogos, o goleiro retornou aos gramados, mas teve pouco tempo para mostrar suas qualidades. Logo teve que ir para a linha e ainda trocou de equipe (veja nas atuações do outro time). Não teve culpa nos quatro gols que tomou.
Amauri - Começou com vontade, se jogando ao ataque. Porém, ao arriscar um chute para o gol, sofreu uma lesão na coxa e teve que ir para o gol, onde teve atuação razoável. Sua lesão lembrou a todos da importância do bom alongamento antes de entrar em quadra.
Rodrigão - Jogou melhor do que na semana anterior, mas não teve muitas oportunidades de conclusão. Marcou uma vez, mas perdeu outro feito da mesma forma que semanas atrás: quase dentro do gol, conseguiu acertar a trave e aindaquis colocar a culpa na Jabulaaaani.
Filippelli - Grande partida. Os bons momentos foram bem superiores aos maus, tanto que foi bem nas conclusões. Teve boa atuação, apesar de em alguns lances demonstrar que o pensamento estava na viagem de três semanas que fará aos EUA em setembro.
Carlos - Disposto a calar as críticas da 'imprensa marrom', mostrou esforço e disposição, ajudando na marcação e chegando ao ataque com qualidade. No início, estava bem marcado. Depois, com a entrada de Michael, teve mais espaço e se destacou, incentivando o garoto a tripudiar a senil marcação da equipe adversária.
Michael - Quando entrou no Time A, demonstrou seu lado circense, com pedaladas, jogadas de efeito (até o chamado 'drible do Saci') e muita disposição. Usou a correria como arma contra os safenados adversários e fez vários gols, com qualidade. Michael é demmmmmais.

Time B
Colling - Atuação segura na maior parte do tempo. Fez defesas seguras nos chutes de longe, mas foi vencido pelos atacantes adversários nos chutes mais próximos. Ainda colaborou na saída de bola.
Marcelo
- Ficou sobrecarregado pela falta de zagueiros e, por isso, ficou mais preso na zaga, tentando oferecer combate às picardias futebolísticas do garoto convidado. Teve uma boa atuação, organizando o jogo e, no ataque, aproveitando a maioria das chances. Os chutes voltaram a sair fortes e precisos.
Fábio - Outro que jogou bem, dedicado na marcação e saindo com vontade e rapidez ao ataque, onde fez boa dupla com Marcelo. Fez dois gols, um de cabeça e outro em um chute de longe.
Elio - Chegou atrasado (coisa rara). Meio perdido, demoroou a encontrar sua função na equipe. Limitou-se a dar passes e deixar os companheiros em condições de marcar. Pouco chutou a gol, mas falou o tempo todo, narrando e comentando a movimentação da partida.
Michael - Jogou os primeiros minutos na equipe B e estava bem. Com boa movimentação, marcou gols em chutes rasteiros e deu passes laterais.
Codevilla - Quando passou para o Time B, atuou melhor como zagueiro, com chegadas fortes (mas leais) nos adversários. Quando foi ao ataque, ensaiou uma pescaria, perdeu boas oportunidades e não conseguiu marcar seu gol.

Texto: Elio e Marcelo / Fotos: Marcelo

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Jogo 19/08/10

Placar: Time A 7 x 12 Time B

Escalações e gols

Time A: Paco (1), Antônio (3), Filippelli (1), Rodrigão (2) e Santos

Time B: Amauri, Colling (1) e Elio (2); Fábio (4) e Cristiano (5)
Obs: O 2 apontado pelos boleiros nas fotos acima se referem, obviamente, ao bicampeonato da Libertadores da América, conquistado pelo Inter

Como foi o jogo
Na semana histórica em que a América voltou a ser tingida com o vermelho e branco do Sport Club Internacional, o Grupo Amigos do Caroço teve dificuldades para reunir o quórum mínimo necessário para a realização do jogo.
Como mais de 80% dos boleiros do grupo são Colorados, muitos ainda estavam embevecidos pela celebração da noite anterior e simplesmente ficaram sem condições de jogo.
Mesmo assim, dos 10 esforçados jogadores, 9 estavam radiantes e ainda comemoravam mais um título do melhor time da década no Brasil, enquanto apenas um - Filippelli - estava resignado.
Com isso, o que se viu dentro das quatro linhas e no gramado sintético da quadra foi uma partida disputada em um ritmo mais lento, na qual o placar não revelou com exatidão o que ocorreu.

O Time A se organizou com Santos no gol e Filippelli mais postado na zaga, com Rodrigão e Paco no meio e Antônio na frente. Já o adversário veio com Colling no gol-linha, Amauri e Elio na linha de zaga e Fábio e Cristiano mais à frente.

Resumindo em apenas uma linha, o jogo teve um bom toque de bola do Time A, mas com maior eficiência do Time B. Colling foi um goleiro quase intransponível, enquanto Amauri fez uma bela partida de retorno, salvando vários gols do adversário. Com isso, Fábio e Cristiano aproveitaram a maioria dos contra-ataques e as dificuldades do bravo goleiro Santos, que foi para o sacrifício e jogou lesionado, com o tênis inadequado e ainda por cima, com a cabeça no escritório, que estava abarrotado de serviço. Enquanto a dupla Amauri-Colling tirava tudo lá atrás, Fábio e Cristiano davam conta de garantir a goleada.

E o resultado acabou retratando a diferença entre as duas equipes: o Time A perdendo gols aos montes e o Time B aproveitando as oportunidades. Mais ou menos como o Inter na Libertadores: não teve um futebol exuberante, mas não deixou escapar a chance de ser bicampeão.

Lance(s) Jabulaaani
Foram vários, mas um deles foi engraçado: Colling tentou lançar no ataque e não viu Elio à sua frente. A bola bateu no zagueiro e por pouco não enganou o goleiro.

Lance Demmmaaais
Colling fez uma defesa e, como a bola estava fora da área, resolveu chutar de direita (que não é a perna boa). A bola encobriu o goleiro Santos, que estava adiantado, e morreu dentro do gol

Atuações

Time A
Paco - Como é de praxe, foi batalhador até o final. Organizou as jogadas de ataque e deixou os companheiros várias vezes em condições de marcar. Também voltou para ajudar na marcação. Só que faltou parceria à altura.
Filippelli - Retornou depois de um mês e meio lesionado e teve o mérito de jogar e não sentir nada. Quer dizer, sentiu a falta de ritmo, mas teve boa atuação para quem ficou tanto tempo longe dos gramados sintéticos. Faltou pontaria na hora da conclusão.
Rodrigão - Talvez por ter acordado muito cedo para o trabalho, depois de uma noite de comemoração, tenha tido um desempenho bem inferior ao que vinha apresentando. Errou passes fáceis e perdeu oportunidades claras de marcar. Ficou devendo mais futebol.
Santos - Como escrito anteriormente, jogou no sacrifício, com lesão e apenas no gol. Merece um desconto na crítica. Não teve culpa nos gols e ainda fez boas defesas.
Antônio - Foi o atacante perigoso que caracteriza seu futebol, mas não contava com a boa atuação do goleiro adversário. Acabou fazendo gols mais na força do que no jeito, mas poderia ter feito mais se usasse mais o jeito do que a força.

Time B
Rafael Colling - Vem se tornando um acréscimo para o grupo. Teve uma atuação destacada, fazendo pelo menos três defesas de puro reflexo. Também foi importante na saída de bola e ainda marcou um gol por cobertura, de longe.
Amauri - Excelente retorno do zagueiro-lateral. Enquanto teve fôlego, fez um bom duelo com Antônio e evitou várias chances do time adversário. Em uma delas, tirou a bola com o peito quase em cima da linha. Só não rendeu bem quando foi ao ataque, com chutes imprecisos.
Fábio - Boa partida, ajudando na marcação e saindo com eficiência para o ataque. Mais uma vez aproveitou os espaços para ficar cara a cara com o goleiro e foi oportunista na hora de concluir.
Cristiano - Recuperou-se da (má) atuação anterior. Foi aguerrido no combate ao adversário e evitou isolar-se no ataque. Além disso, teve uma pontaria melhor do que nos últimos jogos.
Elio - Jogou com sono, mas jogou. Meio lento em alguns lances, subiu pouco ao ataque, mas marcou gols, um deles de categoria, ao driblar um adversário e o goleiro.

Texto e fotos: Elio

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Jogo 12/08/10

Placar: Time A 9 x 12 Time B
Escalações e gols

Time A: Elio, PC (3), Douglas (2), Paco (2), Rodrigão (2)

Time B: Rafael Colling, Marcelo (1), Fábio (6), Lula (3) e Bernardo (2)

Como foi o jogo
O jogo dessa semana quase não saiu. Até 24 horas antes, o número de desfalques e ausências era tanto que o organizador/presidente Elio quase desistiu de tentar reunir o quórum mínimo, pois estava em São Paulo e não queria pagar valores extras pelo deslocamento. A dois dias do jogo, só três atletas tinham confirmado presença (Elio, Marcelo e Lula).

No entanto, a partir da vontade de jogar demonstrada por Rafael Colling (que estreou semana passada e gostou do grupo) e a mudança de planos de Paco (que ia faltar mas resolveu ir), a chateação deu lugar à uma motivação que deu resultado, com a confirmação da partida.

No Time B, Lula, Marcelo, Fábio e Bernardo formaram um belo quarteto, tocando bem a bola e aproveitando os espaços atrás da marcação. Além disso, Colling garantia segurança no gol. Do outro lado, Paco e PC conseguiram atuar relativamente bem, assim como Douglas (enquanto teve pernas), mas Elio e Rodrigão destoavam.

E o jogo foi parelho por pouco tempo. O Time B, mais organizado, mandou no placar por quase todo o período, porque houve dois empates. Na segunda metade, a vitória do time sem coletes foi garantida, sem sobressaltos e com uma vantagem tranquila.

Pouca gente sabia (inclusive o presidente grupo), mas o 12 de agosto de 2010 marcou os 20 anos da primeira partida profissional do atacante Ronaldo Nazário. Ainda um guri, ele jogou no São Cristóvão, time carioca, e marcou 3 gols da vitória de 5 a 2 do seu time contra um adversário local, em um campo esburacado. A (ótima) reportagem da SporTV revelou, pelo ex-goleiro da equipe, que em um dos gols, o atacante fez sua jogada característica: a pedalada na frente do goleiro e o toque para o gol escancarado.
(Não tem nada a ver com o jogo dessa semana, mas não deixa de ser curioso).

Lance Demmmaaaais
Uma tabela feita pelo Time A, que trocou passes de pé em pé até que Lula recebeu pela direita e mandou um balaço, no ângulo, mas a bola acertou a trave

Lance Jabulaaaani
Após um rebote da zaga adversária, Elio deixou a bola passar, achando que havia um companheiro atrás. Fábio, que estava livre, subiu e, de cabeça, ganhou do goleiro Rodrigão para marcar mais um gol

Atuações

Time A
Paco - Foi o que mais jogou na equipe. Atuou mais à frente, mas teve que voltar para buscar o jogo e ainda chegar ao ataque, onde perdeu algumas boas chances. Foi muito eficiente nos passes.
PC - Outra vez, foi fundamental para que a partida se realizasse. Jogou com a eficiência de sempre, porém, teve problemas nas conclusões, deixando de converter oportunidades em gols. Quando jogou como goleiro, o time ficou mais fraco.
Douglas - Convidado às pressas, começou bem, com lances de velocidade e alguns dribles meio malucos, mas que deram certo. Fez um gol de qualidade, driblando pelo meio e chutando cruzado. Até no gol se saiu razoavelmente bem. Quando cansou, seu futebol naufragou.
Rodrigão - Fez um boa partida. Acertou a maioria dos botes aos adversários e fez algumas arrancadas para o ataque. Marcou gols laçando mão de sua (nova) habilidade, o oportunismo. Depois, ficou no gol e foi razoável, mas falhou em dois lances, permitindo que Fábio marcasse de cabeça.
Elio - A cabeça estava na noite porto-alegrense, o corpo estava em campo. Embora esboçasse lances tecnicamente interessantes, estava sem explosão - muito longe do que pode apresentar. Parecia cansado e errou boa parte dos passes e das divididas. Também errou passes fáceis e não conseguiu marcar nenhum gol. Mais tarde, no entanto, ainda teve forças para atazanar os amigos com mensagens de celular noite adentro.

Time B
Rafael Colling - Não repetiu a grande atuação da estreia, até porque não foi muito exigido, mas foi eficiente nas defesas e nas reposições. Também tentou auxiliar na saída de bola e quase se atrapalhou em um lance. O mais importante, porém, é que se adequou ao espírito do grupo e tem amplas chances de comparecer para novas partidas.
Lula - Foi o melhor do time, depois de uma semana de ausência. Todas as jogadas passaram por seus pés. Soube tocar bola com precisão, até que os espaços surgissem. Também experimentou alguns chutes de longe, sempre perigosos.
Marcelo - Jogou mais recuado e centralizado. Parecia estar em dificuldades físicas (provavelmente devido à comemoração pela vitória do Inter, no dia anterior), mas foi eficiente na marcação e distribuição das jogadas. Deixou o seu gol e ainda deixou os companheiros em condições de marcar.
Fábio - Foi o goleador do time e do jogo, atuando do jeito 'Sorriso', ou seja: isolado na frente e abusando do oportunismo. Fez gols de cabeça, com a perna esquerda (a ruim) e com a direita (a boa). Ainda teve fôlego para colaborar na defesa da equipe.
Bernardo - Retornou ao grupo depois de algumas partidas de ausência e foi importante para a vitória. Acelerou o jogo quando necessário e foi bem nos passes. Conseguiu alguns bons chutes de longe (seu ponto forte), mas abusou um pouco dos dribles.

Texto: Elio / Fotos: Marcelo

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Jogo 04/08/10

Placar: Time A 5 x 10 Time B

Escalações e gols

Time A: Codevilla, Carlos (1) e Rodrigão (1), em pé;
Santos, Paco e Cristiano (2) (PC marcou um gol contra)

Time B: Gilson (1), Rafael Colling, Elio (1), PC (3) e Marcelo (3) (além de Carlos, que trocou de time no meio do jogo, 2)

Como foi o jogo
O torcedor que compareceu na fria e chuvosa noite de quarta-feira ao Planet Ball Arena para assistir mais uma performance dos craques do Caroço voltou para casa de mãos cheias. Afinal, com apenas um ingresso pode assistir dois jogos.

A primeira partida durou exatos 32 minutos e foi marcada pelao equilíbrio. O Time A saiu na frente com 2 a 0 e o Time B se recuperou, passando à frente. Os dois goleiros foram destaques: Codevilla, que jogou no sacrifício, assolado por uma gripe e protegido apenas po um gorro, salvou gols certos. Do outro lado, Rafael Colling fez defesas milagrosas.

A partir da lesão do volante Gilson, a segunda partida começou. Carlos passou para o Time B e o jogo ficou desparelho. Mesmo assim, houve um empate em 5 a 5, mas a equipe sem coletes abriu nova vantagem e garantiu o placar elástico.

Lance Jabulaaani
Num lance digno de videocassetadas, Rodrigão recebeu uma bola cruzada e, livre na pequena área, mandou por cima

Lances Demmmmaaaaais
O gol de Marcelo, de calcanhar, na saída do goleiro, e o (quase) gol de Santos, que colocou uma boa com inteligência, por cobertura, mas ela acertou a trave

Frase da partida
"Tu tá aí estaqueado no mesmo lugar e te escondendo" (Marcelo, reclamando com Elio e pedindo movimentação ao companheiro)

Atuações

Time A
Codevilla - Uma partida heróica. A primeira lição de vida da noite. Até o início da tarde, estava de cama, sem condições de se mover. Mais, a vontade de jogar, o amor à camiseta e o sangue espanhol o levaram à quadra e ele foi um dos melhores do time, com grandes defesas (dignas de sua melhor fase). Ainda ajudou o time na saída de bola. Sem culpa nos gols.
Carlos - Nem pareceu que estava sem jogar desde junho com o grupo. Mostrou a categoria habitual e foi decisivo, porque trocou de equipe na metade do jogo, tornando as coisas mais fáceis para o Time A.
Paco - Foi incansável e não desistiu até o final. Na primeira metade, mais articulou do que concluiu. Com o time enfraquecido, teve que marcar e ainda chegar à frente.
Santos - Cansado de ser mal tratado em campo e sofrer ataques de bullying, decidiu jogar contra o time do 'presidente' Elio e saiu-se muito bem. Marcou com eficiência e chegou à frente, sem muita pontaria. Por pouco não faz o gol mais bonito do jogo.
Rodrigão - Mais uma boa partida. Desta vez, porém, não teve muito espaço para conclusões e ainda não foi tão eficiente na marcação. Perdeu o gol mais feito do jogo.
Cristiano - Como atacante artilheiro, sempre foi perigoso, mas não teve sorte nessa noite. Perdeu algumas oportunidades, mas mesmo assim foi o artilheiro do time. Ficou devendo na marcação e no final, cansado, praticamente ficou parado no ataque.

Time B
Rafael Colling - O goleiro/jornalista foi contratado com a janela emperrada, que não tinha jeito de fechar. Veio dele a segunda lição de vida desta jornada emocionante. Colling fez excelentes defesas, garantindo a vitória. Foi o melhor em campo. Seu reflexo, dedicação e sagacidade mostraram a todos os demais jogadores da mesma faixa etária que ainda é possível jogar com qualidade. O goleiro ainda saiu jogando em alguns lances e arriscou chutes a gol com a perna direita - que não é a boa.
Marcelo - O futebol está retornando, bem devagar, para esse veterano, turrão e mascarado jogador. Teve muita disposição e aguerrimento, mas ainda precisa recalibrar a pontaria. Mesmo assim, fez um golaço de calcanhar.
Elio - Começou e terminou o jogo um tanto quanto perdido em quadra. No meio disso tudo, fez boas assistências para gols dos companheiros e arriscou alguns bons chutes de longe, com perigo. Constrastou lances de técnica com uma movimentação que lembrou o notório Povo Paul, o que deixou a certeza nos demais de que ele tem futebol, mas não tanta vontade de jogar.
PC - Talvez tenha feito sua última partida, pq negocia seu passe com o futebol europeu para um período de dois meses. E na sua despedida, usou toda sua velocidade para puxar os contra-ataques e fez tabelas com os companheiros, que o deixaram em condições de marcar.
Gilson - Acabou jogando apenas 32 minutos, porque torceu o joelho e teve que deixar o gramado. Até se lesionar, fazia uma partida de muita movimentação e marcação, mas de conclusões e passes imprecisos. Torcemos para que a lesão não seja séria e que ele retorne em breve. Gilson foi a terceira - e talvez mais tocante - lição de vida da noite. Lesionado, claudicante e, finalmente, jogado ao chão como um soldado ferido, ainda encontrou forças para incentivar seu time aos gritos. Negou a ajuda médica, dispensou a maca, ignorou a ambulância que apressava-se a oferecer deslocamento rápido ao hospital mais próximo. Gilson só queria estar ali, apoiar a sua equipe com aquilo que lhe restara: a sua voz. Uma lição para as gerações vindouras.

Codevilla, que jogou no sacrifício, lembra a todos da importância de doar sangue e mostra que nas veias pulsa um sange latino e Colorado

Destaques: os goleiros e colegas de Grupo RBS, Codevilla e Colling

Cristiano e Santos fingem discutir sobre processos jurídicos, mas na verdade já estavam armando a estratégia para o jogo

Texto: Elio e Marcelo / Fotos: Elio e Marcelo