sexta-feira, 22 de julho de 2011

Jogo 21/07/11

Placar: Time A 7 x 7 Time B

Escalações e gols

Time A : Antônio (1), Lula (1), Rodrigão (1), Filippelli (2), Codevilla e Igor Goiano (2)

Time B: Fábio, PC (2), Gilson, Cristiano (2), Santos (1) e Elio (2)

Como foi o jogo

Na semana do Dia do Amigo, ficaria bem fácil falar de um grupo de boleiros esforçados que tem a palavra "amigo" no nome. Seria injusto destacar somente aqueles que participaram do jogo em mais uma noite fria na Capital gaúcha sem lembrar de outros amigos que não puderam comparecer por motivos variados.

Mais que um grupo de futebol, todos sabem, o Amigos do Caroço fomenta a amizade acima de tudo e este blog tem o objetivo principal de registrar não só nossas gloriosas partidas e perpetuá-las na história, mas também para mostrar aos internautas leitores que a amizade deve ser celebrada sempre. Especialmente, quando ela se resume a uma hora semanal de (alguma) correria atrás de uma bola e mais algumas horas de conversa fora ao redor de uma churrasqueira.

Amigos à parte, quando a bola rola no gramado sintético do Planet Ball Arena, todos já sabem: ninguém quer perder, por mais amigo que o adversário seja. E nesta semana, com o quórum lotado, o resultado mostrou um jogo equilibrado, com o segundo empate seguido (algo raríssimo em quase uma década de ferrenhas disputas).

À primeira vista (e com os comentários de alguns boleiros), o Time A estava escalado de forma a garantir uma vitória tranquila. No entanto, assim que a bola começou a rolar, quem teve mais equilíbrio foi o Time B, que jogou com mais objetividade e velocidade, só que não conseguia converter o predomínio em gols. Em várias vezes, se não foi o goleiro Codevilla, a trave salvou a equipe de coletes.

Durante boa parte do jogo, o placar foi se mantendo praticamente igual, mas o Time A conseguia segurar uma vantagem mínima, mesmo com os poucos espaços cedidos ao atacante Antônio. O Time B seguia perdendo chances claras e dando oportunidade ao contra-ataque. Ao final, Cristiano marcou num chute forte e o empate ficou de bom tamanho.

Ao final, Silvinha nos esperava para mais um concorrido e qualificado churrasco, coordenado por Codevilla e Santos e abrilhantado pelos gols da vitória do Inter sobre o Avaí, que se estendeu até o início da madrugada.

Lance Deeeemmmaiis
O gol de Filippelli, que entrou driblando no campo adversário e concluiu com classe

Lance Inacreditável
Santos recebeu pela esquerda, entrou na área e, quando Codevilla se jogou, concluiu de esquerda (!!!), com um leve toque, por cima do goleiro

Atuações

Time A

Codevilla - Foi o maior responsável pelo empate, com defesas de puro arrojo e reflexo. Também arriscou umas saídas com a bola dominada. Não teve culpa nos gols.
Igor Goiano - O "socialista do amor" voltou em grande estilo, com sua jogada característica, que é o bloqueio do chute adversário. Também chegou como elemento-surpresa ao ataque e fez dois gols.
Rodrigão - Ainda embriagado com sua grande atuação duas semanas atrás, partiu para o ataque sem medo e levou vantagem em vários lances.
Filippelli - Uma partida digna da sua qualidade. Em alguns lances, parecia flutuar em campo. Fez um belo gol, driblando dois adversários e colocando por baixo do goleiro.
Lula - Outra boa atuação, com muita dedicação ao time. Seu único gol ocorreu num chutaço de longe, quase no ângulo.
Antônio - Ficou devendo. No ataque, parecia um "boneco de posto": parado e com a mão levantada. Chamou a marcação e morreu abraçado com ela. Teve poucas chances, mas deixou sua marca.

Time B

Cristiano - Um dos melhores do jogo. Parecia um bailarino com seus dribles com o pé sobre a bola ou giros em frente ao marcador. Se a goleira estivesse alguns centímetros mais para o lado, teria sido o goleador, pois acertou diversas vezes a trave.
Gilson - Aguerrido como sempre, não descansou durante a partida, tanto na marcação como no ataque. Foi melhor no combate do que na conclusão e perdeu boas chances de garantir a vitória
Fábio - Perdeu gols feitos e não marcou nenhuma vez. Porém, foi muito combativo e deu boas assistências para a maioria dos gols da equipe.
Santos - Começou marcando no ataque, que não é seu normal. Depois, teve dificuldade em marcar o atacante Antônio, mas melhorou na segunda metade do jogo, saindo rápido para o ataque. Fez um belo gol, de canhota, com um leve toque na saída do goleiro
PC - O homem acostumado com o "planeta extremo" fez uma boa partida. Foi o que mais concluiu do time e marcou os dois primeiros gols, em chutes fortes, no canto. Depois, fez defesas que garantiram o empate
Elio - Conseguiu jogar com relativo espaço e procurou "narrar" menos a partida, para não atucanar a equipe. Fez dois gols e perdeu outras três chances.

Texto e fotos: Elio

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Jogo 14/07/11

Gryffindor 8 x 8 Slytherin

Gryffindor: Marcelo (1), fabio (2), Gilson (2), PC (3) e Codevilla

Slytherin: Paco (1), Lula/Voldemort (2), Santos (1), Filipelli e Bernardo (4)

Na véspera da estreia do filme que marca o final da saga do bruxinho mais conhecido da literatura juvenil, os Amigos do Caroço estrelaram mais um festival de truques manjados e mágicas de terceira categoria no gramado artificial do Plant Ball Arena.

Enquanto o presidente Dumbledore Bandeira fazia a cobertura da visita da Presidenta Dilma num evento do outro lado da cidade, os bruxinhos do Caroço protagonizaram um jogo bem disputado e equilibrado.

De um lado, o time de Slytherin, com jogadores técnicos, bons armadores e de preparo físico regular. Do outro, Gryffindor apostou numa estratégia baseada na compactação e disciplina defensiva para conter os avanços do adversário e acabou saindo do confronto com dignidade. O empate, ao final das contas, acabou sendo um resultado justo para um jogo de altos e baixos.

Depois do jogo, alguns bravos integrantes ainda se reuniram ao redor da Silvinha, a churrasqueira cativa do Caroço no complexo Planet Ball, para locupletarem-se com pedaços de carne e pão e desesperarem-se com os acontecimentos do jogo Inter x Corinthians, que era transmitido na tevê.

L a n c e d e m m m m m a i s

O esquema Harry Potter do time de Slytherin não deu tão certo como imaginavam. No papel, era uma equipe superior tecnicamente.

L a n c e i n a c r e d i t á v e l
As mensagens de celular enviadas ao longo do dia (e depois do jogo!) pelo presidente Elio ao coordenador da partida, PC, mostraram ansiedade desmedida e uma certa falta de confiança nas varinhas dos bruxinhos do Caroço sem o seu mentor por perto.


P e r f o r m a n c e s

Gryffindor
Codevilla: com uma atuação segura, fez pouco uso dos tradicionais berros motivacionais com a zaga desatenta. Teve mais facilidade em defender os arremates de longa distância.
Gilson: o Homem Bom jogou com a costumeira aplicação, mesmo acusando a falta de ritmo depois de duas semanas de ausência. Lutou até o fim. Aliás, deve estar lutando até agora.
Fabio: Gradativamente, vem recuperando a movimentação. Carece de objetividade e pulmão, mas foi importante para a compactação da equipe, cumprindo bem a função de defender, além da participação no ataque.
PC: em plena preparação para participar da maratona na Antártica, em que vai correr de costas e sem camiseta, o papa-léguas do Caroço fez uma partida de disciplina tática invejável.
Marcelo: as baterias de exames de saúde às quais foi submetido ao longo da última semana não tiraram a garra que corre nas veias deste ex-atleta. Atuando como líbero, pecou várias vezes em passes errados, mas foi importante no sistema defensivo.

Slytherin
Santos: atuação segura. Santos segurou a camisa, o calção, o braço e os cabelos dos adversários, tornando-se o fiel da balança da defesa de um time com mais vocação para o jogo do meio para frente.
Voldemort: o Senhor das Trevas usou a carcaça já gasta do nosso atleta Lula para participar da partida. Com passes obscuros e dribles sobrenaturais, o Coisa Ruim deixou a quadra reclamando da marca de xampu que usa.
Filipelli: para a torcida feminina do Caroço ninguém brilha mais do que ele. Foi para elas que dedicou mais esta atuação criativa e disposta. Filipelli movimentou-se bem, até onde as pernas permitiram, possibilitando uma ampla variedade de jogadas para seu time.
Bernardo: no ataque: sempre um perigo. Na recuperação: um dos melhores. Na defesa: um operário. Apesar do pé mal calibrado, Bernardo foi um dos melhores em campo na noite chuvosa.
Paco: depois de duas semanas de ausência por conta de uma viagem à China, Paco ainda mostrava estar sob o efeito do fuso horário daquele país. O meia, no entanto, protegeu bem a bola na maior parte do jogo, dificultando a marcação adversária.

Marcelo e a prova de que deu sangue (pelo time?)

Texto e fotos: Marcelo

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Jogo 07/07/11

Placar: Time Uh! 10 x 14 Time Fabiano

Fabiano no meio do Caroço! Clica aí e aumenta a foto! É ele mesmo. Uh, Fabiano!

Escalações e gols

Time Uh!: Carlos (2), Marcelo (4), Cristiano (4), Filippelli e Santos
Time Fabiano: Fábio (2), Fabiano (1), Rodrigão (5), Lula (3) e Elio (3)

Como foi o jogo
Guarde bem esse dia, caro leitor do nosso blog: sete de julho de 2011 = 7/7. Não poderia haver dia mais adequado para que os Amigos do Caroço contassem com a presença de um dos jogadores mais famosos e emblemáticos do futebol gaúcho: Fabiano Souza. Camisa 7 autêntico, Fabiano é a estrela máxima de um dos jogos mais inesquecíveis já ocorridos nestas plagas, a saber, o histórico grenal do 5 x 2 (sem falar naquele outro grenal que ele fuzilou o deputado Danrlei!).

O dia 7/7 revelou aos Amigos do Caroço que a magia do ponta-direita está viva no futebol, que aquela faixa lateral do campo tem dono e que dali se pode tirar algo mais do que carrinhos, arremessos laterais e espiadas nas luvas dos treinadores.

Fabiano hoje integra a comissão técnica do EC Sao José, o Zequinha, time treinado, atualmente, por Rodrigo Bandeira, irmão do presidente emérito dos Amigos do Caroço. A responsabilidade de negociar, ao longo de dez dias, a presença de Fabiano na grama artificial do Planet Ball Arena, é dividida entre os irmãs Bandeira e a dupla Codevilla e Marcelo, que, recentemente, encontraram o camisa 7 num churrasco na casa do não menos lendário Alemão do Girasole (outro homem bom). Na ocasião, além de enviar um autógrafo para nosso blog (confira galeria ao pé da página), Fabiano aceitou o convite de praticar o esporte bretão ao lado dos teimosos atletas do Caroço.

Dentro de quadra, o ex-atacante incorporou o espírito festivo do grupo e jogou uma partida correta, sem estrelismos. Talvez isso tenha tornado o jogo parelho. A temperatura baixíssima dentro do complexo Planet Ball, aliás, fez com que os boleiros "tomassem uma decisão" antes de a bola rolar (mérito do boleiro Cristiano). Taí a decisão:

O presidente Elio referenda a decisão tomada pela galera!

O Time do Fabiano, saiu na frente, mas logo o placar marcava já estava igual em 2 gols. Foi quando Rodrigão, talvez contagiado pela presença do esguio atacante colorado, incorporou o espírito de craque e, com cinco passes açucarados de Fabiano, marcou cinco vezes, abrindo a vantagem que determinaria a dinâmica de forças em campo.

Do outro lado, o Time Uh!, ensaiava uma reação e até chegou ao empate em 7 (só podia ser o 7 nesta noite!), mas, logo adiante, a coisa já degringolou, o adversário voltou a abrir vantagem e assim foi até o final.

Emocionados, muitos boleiros do Caroço atestavam, ainda em quadra, a envergadura histórica da ocasião. Em 2011, os Amigos do Caroço comemoram 10 anos de ininterruptas e constrangedoras performances semanais na noite porto-alegrense.

Qual foi o lance demmmmmmmais?
Os 3 gols, por cobertura, de Marcelo, Fabiano e Elio

E qual foi o lance (de marketing) inacreditável?
Sem dúvida, a presença de Fabiano entre os Amigos do Caroço, mas também a janelinha que o Santos aplicou no ex-jogador do seu time de coração.

Atuações

Time Uh!
Carlos - Bem vigiado, o elegante e longilíneo jogador teve pouco espaço, mas conseguiu boas tabelas com os companheiros e, quando teve chance de gol, não foi letal.
Marcelo - Jogando sob efeito de forte medicação, foi o atacante perigoso de sempre e deu trabalho ao goleiro adversário. Fez dois belos gols: um por cobertura e outro em que cortou a zaga em diagonal e tocou para o gol. Escapou do sorteio do dopping.
Cristiano - O homem que trouxe a cachaça jogou mais na armação e também chegou à frente para concluir com precisão. Como goleiro, tomou um gol por estar desatento.
Santos - Apesar do esforço, não repetiu atuações anteriores e não teve sucesso na marcação a Rodrigo, o artilheiro da noite. Comemorou o fato de dar uma janelinha em Fabiano.
Filippelli - Acusou o trauma dos 5 x 2 de 1997 e esteve aquém de suas possibilidades. Não foi bem na marcação, na armação e no gol. Deu alguns bons passes e só.

Time Fabiano

Fabiano - A atração da noite entrou no espírito do grupo e jogou com alegria. Para não constranger os senis atletas do Caroço, ofereceu apenas amostras comedidas do futebol que o consagrou nos gramados. Fez quase todas as assistências para gols e marcou um gol de "catiguria", por cobertura.
Rodrigão - Teve uma noite de gala, com um desempenho histórico. Em 7 chances, marcou cinco gols, quase sempre com assistências de Fabiano. Ganhou o apelido de "Leandrão". Ao final da partida declarou: "Quando tem uma dupla de qualidade, como o Fabiano, comigo no ataque, meu futebol aparece mais". Aham.
Codevilla - Mais uma atuação segura, com boas defesas, porém, sem o brilho da jornada anterior.Está se especializando na saída por baixo (a chamada "defesa da foice"), quase sempre ganhando a bola dos atacantes.
Lula - Aos poucos, recupera o bom futebol. Voltou a ser o jogador "box-to-box" (área a área). Errou poucos passes e chegou à frente para assistências e conclusões. Cansou no final.
Fábio - Enfrenta um sério problema de condição física, que faz com que perca o fôlego em alguns lances. Quando "acorda", mostra que tem futebol, marcando gols e voltando para ajudar na marcação.
Elio - "Tomou uma decisão" antes do jogo e mostrou que ainda resta um resquício de bom futebol em seu corpo. Fez 3 gols (coisa rara), um deles por cobertura, de longe. Disse que sua atuação só melhorou porque tinha um profissional no time e foi duramente criticado.

Texto: Elio e Marcelo / Fotos: Marcelo