Jogo 19/06/2014

Placar: 

Escalações e gols

Time A: Bruno (1), Rodrigão (2), Antônio (4), Fábio,  Gílson e Igor (1)

Time B: Lula, Elio (1), Santos, Filippelli (2), Lukas (3) e Zé Augusto (fora da foto, 5)

Como foi o jogo

É, amigos...Copa do Mundo do Brasil rolando...a maior Copa de todas. E a rotina do Amigos do Caroço, a exemplo do restante do mundo de apaixonados por futebol, também se altera.
Na noite fria da última quinta-feira, ao entrar no Complexo Planet Ball Arena, o meia Lula acompanhava, solitário, ao empolgante duelo entre Japão x Grécia. Aos poucos, os boleiros confirmados foram se juntando, e torcendo por resultados que garantissem mais pontos no bolão.
– Estou liderando dois bolões. Acho que vai dar uns R$ 700 – afirmou Filippelli, contando os dias pra botar a mão na grana. O canhoto habilidoso, que vai assistir nos estádios nada menos do que 7 jogos do Mundial, esbanja conhecimento. 
E o jogo acaba ficando tão atrativo, apesar do 0 x 0, que quase ninguém se deu conta que a quadra já estava liberada. 
Separados os times, cada um com seis boleiros, decidimos seguir o padrão Fifa e formar fileira para a foto oficial e para a execução do hino do Brasil e do nosso grupo. Todo mundo perfilado em frente ao painel com a imagem do espanhol Iniesta e cadê a música? Nada. O sistema de som do Planet Ball não funcionou. Decepção geral, como a Espanha na Copa.
E como é Copa do Mundo e os boleiros passam mais de seis horas por dia assistindo aos jogos, nada melhor do que colocar o que se viu em prática. E a consequência foi uma partida bem disputada, apesar da temperatura baixa.
As duas equipes optaram por usar do artifício do goleiro-linha, a fim de criar espaços. Lukas e Lula pelo Time B e Bruno e Igor pelo Time A tiveram os melhores desempenhos nesse quesito. 
O Time B conseguiu abrir uma vantagem de 4 a 2, logo depois igualada pelo adversário. 
Antônio fez uma bela jogada pela direita e cruzou para trás, para mais um gol de seu time. Porém, houve discussão.
– A bola saiu — disse Santos, que estava no gol.
– Não saiu nada – retrucou Antônio, sabendo que não temos todo o arsenal de câmeras da Fifa para confirmar se o lance foi legal ou não. Acabou valendo o gol.
E a partida continuou equilibrada, com diferença mínima para o Time B, que voltou a abrir vantagem a partir da boa atuação de Zé Augusto, que teve um aproveitamento acima do normal nas conclusões. 
Ao contrário do jogo passado, a presença de Elio, Bruno e Antônio garantiu um jogo bem "narrado". O Presidente chegou a discutir com o zagueiro Santos.
– Passa a bola no chão – reclamou Elio.
Santos retrucou, irritado, disparando palavras que ele não costuma usar nas suas petições jurídicas. Coisas de jogo.
– Mas não esquece de colocar que a corneta voltou, hein? O jogo de hoje tava cheio de "Wianeys" – salientou Gílson, na saída da quadra. 
No final, o placar acabou sendo justo, pelo melhor desempenho do Time B nas conclusões. Mas, ao contrário da Copa, não há eliminados. O quarto Mundial da história do Amigos do Caroço continua. 

Lance Inacreditável

Lukas recebeu pela esquerda e cortou o marcador em direção ao escanteio. Mesmo sem ângulo, chutou rasteiro e a bola entrou entre o goleiro e a trave.

Lance Demmmmmaaaiiiiss

Zé foi lançado pela direita e, em velocidade, deu uma meia-lua no adversário e chutou cruzado para marcar um belo gol.

Atuações

Time A

Bruno - Errou poucos passes e organizou a saída de bola. Boa atuação como goleiro-linha.
Igor - Ainda sem ritmo de jogo e sem o tênis adequado, arriscou algumas arrancadas para o ataque. 
Rodrigão - Na frente, aproveitou as duas chances que teve. Regular como goleiro.
Antônio - Voltou a jogar bem. Quatro gols e algumas assistências. 
Gílson - A dedicação de sempre, mas conseguiu poucas vitórias pessoais.

Fábio - Irreconhecível. Errou quase todos os lances e ficou devendo.

Time B

Zé Augusto - O nome do jogo. Fez boas tabelas e foi o goleador da noite, com ótimo aproveitamento das chances.
Lula - No mesmo nível. Articulou bem com Zé e Filippelli e comandou o time no meio-campo.
Filippelli - Melhor quando atuou mais à frente, criando espaços e servindo os companheiros para as conclusões.
Lukas - Outro que atuou bem como goleiro-linha. Marcou um belo gol de cabeça.
Santos - Seguro na zaga, foi bem na antecipação, mas ousou pouco no ataque. 
Elio - Voltou com tudo (no quesito falação, claro). Errou passes e fez um gol por cobertura, de longe. 

Texto e fotos: Elio

Jogo 11/06/2014

Placar: Time A 9 x 7 Time B

Escalações e gols

Time A: Marcus (2), Lukas (3), Santos (1), Filippelli (1) e PC (2)

Time B: Fábio (1), Gílson (2), Marcelo (2), Mário (2) e Lula

Como foi o jogo 

Em jogo bem disputado, depois de um período em que as equipes se estudavam e perdiam oportunidades, o Time A abriu o marcador. O empate veio logo em seguida, na saída de bola no centro da quadra, um chute de longe assinalou o 1 x 1.

O Time A abriu vantagem 4 x 1, com um bom aproveitamento nas finalizações.
Depois de um período "trocando gols", mantendo a diferença de 3 gols, o Time B começou a se impor e buscar o resultado gol a gol. Fez um grande esforço para buscar o placar e empatou em 7 x 7.


Quando parecia que o Time B ia virar o jogo, pois o adversário estava acoado depois de perder sua vantagem, o Time A reencontrou espaços em quadra e fez dois gols, dando números finais ao jogo.

Ponto positivo

O jogo se manteve "vivo" durante todo o tempo, nenhum time perdeu o interesse de lutar pela vitória.
Assim como na semana passada, os fortes sistemas de marcação dificultaram muito os jogos dos adversários.
O índice técnico desta semana foi superior, com jogadas de passagem de ambos os lados e finalizações com um aproveitamento melhor do que o da semana passada.

Melhor do jogo 

Lukas, marcou bem, distribuiu o jogo e decidiu o jogo no final.

Lance inacreditável  (eleição por voto popular)

O silêncio em quadra. Com as ausências do Antônio, Elio e Bruno, o jogo se desenvolveu em absoluto silêncio.

Lance demais

Nada que merecesse registro. 

Nota do editor

A Copa do Brasil começou nessa semana! E o Amigos do Caroço acompanha mais um Mundial, a exemplo do que ocorreu em 2002, 2006 e 2010. Por causa da abertura da Copa, com jogo da Seleção (e pra livrar o Dia dos Namorados, mas ninguém confirma isso), a partida foi antecipada para quarta-feira. E os boleiros entraram no clima e vestiram o uniforme verde-amarelo. 

Texto: PC / Fotos: Marcelo

Jogo 05/06/2014

Placar (!!!!): Time A 1 x 3 Time B 

Escalações e gols

Time A: Antônio, Lukas, Filippelli, Santos (1), Gustavo e Fábio

Time B: PC (2), Gílson, Elio, Mário (1) e Lula

Como foi o jogo

A maioria dos boleiros do Caroço já passou a linha divisória dos 40 anos. O restante já está bem próximo. Por isso, certamente todos vão lembrar de um programa que fez sucesso na televisão brasileira na década de 1980.
Transmitido pela TV Manchete, o "Acredite Se Quiser" trazia situações inusitadas e curiosidades que, atualmente, são encontradas facilmente em qualquer portal da internet. Mas o legal era o bordão clássico do ator Jack Palance, apresentador do programa:

Pois o jogo dessa semana certamente poderia ficar entre as atrações do televisivo. Em primeiro lugar, pelo placar. NUNCA, na história do Amigos do Caroço, um placar foi tão baixo. Nem nos jogos festivos de futebol 7. E dificilmente irá se repetir. 

O jogo começou 8h40, devido a alguns tradicionais atrasos. Logo no primeiro minuto, ficou evidente que não seria um jogo normal. Gustavo, aquele guri-enteado-sobrinho do Filippelli, que jogou semana passada e, dizem, iria para a base do Real Madrid Potosí, fez grande jogada pela direita e cruzou na medida para Antônio, que perdeu um gol incrível (leia abaixo). 

Na jogada seguinte, foi a vez de Gílson perder, com o gol praticamente escancarado. Logo depois, Antônio cruzou rasteiro para Santos, que desperdiçou mais uma chance inacreditável.

A essa hora, Jack Palance apareceria antes dos comerciais, com a frase antológica.

Depois disso, a partida ficou encruada, com muita marcação, mas com chances de lado a lado. A diferença para os outros jogos não foram as oportunidades perdidas, mas cada lance de gol era ou bem defendido pelos goleiros ou, no último instante, aparecia uma perna salvadora para cortar. Ou seja, eram mais vitórias das defesas do que inabilidade dos atacantes.

Até que Santos – logo ele, que não é um dos maiores goleadores – tirou o zero do placar. Recebeu um passe pela direita e chutou. A bola desviou em Mário e "desenhou" Gílson, que tinha se atirado para a defesa. Eram 21h17, o que significa que o primeiro gol aconteceu aos 37 minutos. (pausa para mais uma entrada do velho Jack). 

O desenrolar da partida demonstrava que o placar não seria de muitos gols. Talvez seria o primeiro caso de um time não conseguir marcar nenhum. Porém, Mário conseguiu colocar igualdade no placar com um chute cruzado, que bateu na trave e entrou.

Depois, Gílson foi atingido por Antônio num lance casual (leia abaixo) e, mancando, foi para o gol do Time A, prejudicando a equipe. 

Mesmo assim, a virada aconteceu, quase no final. Após uma sobra na área, PC colocou por baixo do goleiro e fez 2 a 1. Nos acréscimos, a 21h31, novamente PC marcou, driblando o zagueiro e chutando mascado para a bola entrar no canto. 

Daqui a alguns anos, quando alguém for contar a história desse jogo e desse placar minguado, caberá o alerta ao interlocutor desavisado: acredite...se quiser!

Lance Inacreditável

O gol perdido por Antônio logo no início. Após um cruzamento da direita, ele meteu a cabeça, ao lado do poste, e conseguiu botar para fora. 

Lance Deeeemmmmais

Na falta de um lance de maior brilho, vai este: após um lançamento na área, Antônio cabeceou à queima-roupa, mas Elio conseguiu espalmar em cima da linha

Plantão Médico

As imagens são fortes, mas cabe o registro. Em uma disputa de bola, Antônio foi bater em gol e Gílson tirou a bola antes. Então, o atacante literalmente chutou o calcanhar de Gílson, que teve a meia rasgada e ficou com um grande hematoma. O Homem Bom do Caroço, que ainda deu carona ao agressor, foi medicado e se recupera bem do trauma. 

Meia rasgada, hematoma... Gílson levou a pior na disputa com Antônio

Atuações

Time A

Antônio - Perdeu um gol logo no início e se abateu. Teve outras chances, mas não conseguiu deixar sua marca. Depois, sem querer, causou uma 
Lukas - Discreto, não subiu muito a frente nem arriscou seus perigosos chutes de longe.
Filippelli - Boa partida. Coordenou toda a saída de jogo e procurou as tabelas sempre que possível. Quase fez um gol no ângulo. 
Santos - Foi o autor do único gol de sua equipe. Bem nos desarmes, fez bons lançamentos para a área.
Gustavo - A fama subiu pra cabeça e ele acabou jogando pouco. Muita movimentação, mas pouca objetividade. 
Fábio - Usou uma suspeita camisa rosa e não repetiu suas melhores atuações. Foi melhor na marcação do que no ataque. 

Time B

PC - Foi o goleador (!!!) da noite. Começou afobado, mas depois encontrou espaço e definiu a partida em dois lances. 
Gílson - Pra ele não tem bola perdida. Por causa disso, acabou se machucando e jogou os minutos finais mancando no gol.
Mário - Sua melhor atuação desde o retorno. Quase não errou passes, bloqueou vários chutes e desfilou habilidade, como o "La Boba" aplicado em um adversário.
Lula - Voltou após longa temporada na Europa e sentiu a diferença do fuso horário. Procurou fugir da marcação e criar espaços, mas teve azar nos chutes.
Elio - Como goleiro, teve sorte e evitou pelo menos dois gols. Na linha, brilhou pouco. 

Conquista

Colaborador flutuante do Amigos do Caroço, o ex-boleiro profissional Rodrigo Bandeira (de preto, à esq.), irmão do nosso Presidente, conquistou uma façanha no futebol gaúcho: classificou o novato União Frederiquense para o Gauchão 2015, (Acredite...se quiser), com uma vitória de 3 a 0 sobre o Brasil de Farroupilha, na casa do adversário. 
Com direito à taça e tudo o mais. 
Nosso abraço ao boleiro e desejo de sucesso ainda maior na profissão. 

Rodrigo (E) e o time do União com a primeira taça. Fotos: jornal O Alto Uruguai

Texto: Elio / Fotos: Elio (A) e Antônio (B)

Jogo 29/05/2014

Placar: Time A 9 x 8 Time B

Escalações e gols

Time A: Lukas (1), Bruno (3), Sorriso (2), Filippelli (1), Gustavo (2) e Rodrigão (fora da foto)

Time B: Santos (2), Antônio (2), Igor (1), Zé Augusto (2), Elio e Marcus (1)

Como foi o jogo

Assim como os times que disputam o Campeonato Brasileiro, o Amigos do Caroço precisa ter opções de grupo para vencer os desafios de uma longa temporada. Disputamos cerca de 50 jogos a cada ano, poucas dezenas a menos do que uma equipe profissional. 

O problema, no nosso caso, é que não temos verba nem apoio de empresários para contratar jogadores e reformar o elenco. É preciso chamar novos talentos ou, então, recrutar antigos colaboradores em momentos de dificuldade.

Foi o caso do jogo dessa semana, quando nada menos do que OITO boleiros (vocês leram bem: OITO) estiveram ausentes. Convenhamos: trata-se de um número considerável para apenas um jogo. 

Mas a direção precisa dar um jeito (até chamando boleiros na hora, como ocorreu no final de abril) e o jogo tem que sair, pois o pagamento da quadra no final do mês (e era final de mês) não pode ser adiado.

Diante dessa dificuldade, a direção buscou um boleiro que andava sumido (Sorriso), outro boleiro que há alguns anos não jogava com a gente (Igor) e promoveu uma estreia (Gustavo, enteado-parente do meia Filippelli).

Quórum garantido, mais uma vez surgiu um impasse nas escalações: como jogaria o jovem estreante? Como estariam fisicamente os boleiros que retornavam? 

As escalações acima poderiam demonstrar que o jogo seria bem disputado e parelho, mas o placar final, com diferença de apenas um gol, não mostrou bem como foi a partida.

O Time A mandou no jogo. Com boas atuações de Bruno e Filippelli, chegou fácil aos 6 a 1, dando a impressão de que a goleada seria inevitável. O Time B pecava especialmente nas finalizações, dando oportunidades ao contra-ataque eficiente da equipe de coletes.

Somente no quarto final do jogo, quando o Time A pareceu cansar e diminuiu o ritmo, é que o adversário conseguiu encostar no marcador e, por pouco, não chegou ao empate. Mas não seria justo. A vitória ficou com quem parecia mais entrosado e foi mais eficiente. Lance Demmmmaaaaaiiiisss

Santos recebeu pela esquerda, passou pelo marcador, cortou para o meio e chutou rasteiro, no canto, no contrapé do goleiro. 

Lance Inacreditável

Elio recebeu bom passe de Zé Augusto e, de frente para o goleiro, meteu um bico no poste, desperdiçando uma chance clara de gol. 

Atuações

Time A

Filippelli - Grande atuação, tanto na zaga quanto na frente. Esbanjou habilidade na perna canhota e fez boas assistências. 

Bruno - Voltou a mostrar bom futebol. Ditou o ritmo do time e procurou as tabelas.

Gustavo - O jovem da futura base do Real Madrid mostrou velocidade e que tem categoria, como no gol em chute colocado, fora do alcance do goleiro. 

Lukas - Manteve o bom nível de atuações na zaga. Arriscou poucos chutes, sempre com perigo. 

Rodrigão - Fez alguns bons ataques pelo lado direito e também foi bem como goleiro.

Sorriso  - Mostrou que seu faro de artilheiro continua em dia. Como sempre, comemorou de forma divertida, "nadando" em quadra.

Time B

Zé Augusto - Foi o jogador mais regular da equipe. Além de jogar de área a área, trocou passes e chegou à frente sempre em condições de concluir.
Santos - Começou intranquilo e marcando mal. Depois, soltou-se à frente e marcou dois gols, um deles em grande jogada individual.

Igor - Voltou ao Caroço após longa ausência. Apesar do cansaço, mostrou lances de bom futebol que o consagraram em temporadas anteriores. 

Antônio - Não repetiu as últimas duas atuações e perdeu chances que costuma converter em gol. Quando saiu, no final, subitamente a equipe melhorou.

Marcus - Foi bem na zaga, mas pecou no último passe e teve azar nas conclusões, só conseguindo marcar no final.

Elio - Jogou pouco, perdeu gols e reclamou dos companheiros. Atuação normal. 

Mestre e discípulo

Filippelli apresentou o jovem Gustavo e mira acordo com Delcir Sonda

Texto e fotos: Elio