sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Jogo 27/10/11

Placar: Time A 8 x 4 Time B

Time A: Carlos (1), Filippelli (1), Marcelo (3), Santos, Fábio (3) e Antônio

Time B (branco): Elio, Cristiano (1), Paco (2), Gilson e Lula (1)

A última semana de outubro foi marcada pelo agito nos bastidores políticos do Caroço F.C.. A queda do Ministro dos Esportes, Orlando Silva, chacoalhou a cartolagem do clube da Cristiano Fischer. Tudo porque o agora ex-ministro, em suposta entrevista não publicada (ainda), declarou sua intenção de assumir o comando político do Caroço, desbancando a hegemonia sexagenária do presidente Elio Bandeira.

"Quero dar a volta por cima. Associar meu nome à uma equipe vencedora e um modelo de boa gestão é mais do que um gesto inteligente. É uma necessidade. O Caroço F. C. pode catapultar-me de volta ao comando da Copa de 2014", afirmou Silva.

As declarações do ex-ministro caíram como uma bomba no gabinete do presidente do Caroço. Após passar a tarde reunido com assessores, Elio Bandeira chegou cedo ao complexo Planet Ball Arena, distribuindo camisetas, bonés e chaveiros aos populares. "Sou indestrutível", cravou. "Não vão encontrar nenhuma prova contra mim", emendou.

Diante disso, o jogo desta semana acabou virando uma espécie de palanque eleitoral do patriarca do Caroço. Sob pressão, Elio finalmente conseguiu distribuir duas equipes equilibradas em quadra e o jogo foi disputado minuto a minuto, o que proporcionou aos espectadores presentes uma bela amostra das raízes técnicas que consagraram o futebol brasileiro como pentacampeão mundial.

A partida começou parelha e ficou em 1 a 1 por um bom tempo. Um infortúnio, no entanto, maculou a continuidade da partida. Em lance normal, Marcelo conclui em direção ao gol um lançamento e o goleiro Elio interceptou com a mão. O impacto da bola no pulso do presidente causou uma lesão cuja gravidade ainda está sendo analisada pelo departamento médico. O jogo seguiu com Elio, de forma heróica, em campo, participando como podia.

O Time B, trocando bons passes, ficou à frente em 4 a 2. Muito tempo se passou até que o Time A encontrasse alternativas na quadra. Mas, depois de três gols em sequência, virou o jogo e ainda ampliou, garantindo a vitória.

Pouco disso tudo realmente importava. O centro nevrálgico da Província de São Pedro, esta semana, está no reencontro marcado de Ronaldinho Gaúcho com a torcida do Grêmio, no próximo domingo, às 16h, nas instalações do estádio Olímpico Monumental.

Este foi o verdadeiro assunto da noite, motivo de grandes sacadas e gargalhadas dos boleiros após a partida, enquanto locupletavam-se com folhas de rúcula, pão com alho e pedaços pegajosos e suculentos de carne bovina.

Por isso, o Amigos do Caroço, sempre à frente do seu tempo, se antecipa às manchetes dos jornais de segunda-feira e oferece....

10 CENÁRIOS POSSÍVEIS PARA O REENCONTRO DE RONALDINHO GAÚCHO
COM A TORCIDA DO GRÊMIO

1. Ronaldinho vem, joga muito, faz gol e a torcida se encarrega de adiantar o trabalho de demolição do Olímpico.
2. Ronaldinho vem, toma uma chegada forte, revida e é expulso. Na saída, sob comemoração da torcida, afirma à imprensa: "me arrependo de um dia ter jogado aqui. Vou terminar minha carreira no Inter".

3. Aos 3 minutos de jogo, Fábio Rochenback atropela Ronaldinho e é expulso. O craque, com fratura exposta em 3 partes do corpo, é carregado pela maca enquanto balbucia ao irmão Assis, que corre para ajudá-lo: "Me vingue". Assis farda, não aquece, entra em campo e acaba com o jogo, com dois gols de placa.

4. O ônibus da delegação rubro-negra sequer chega ao Olímpico. É incendiado na rótula do papa. Em delírio, a torcida canta e dança ao redor da imensa fogueira ao som do refrão "nós não vamo pagar nada", sucesso de Raul Seixas.

5. O avião que traz a delegação do Flamengo sequer pousa em Porto Alegre. Entrincheirados às margens do Mampituda, dois torcedores tricolores abatam a aeronave com tiros de sal grosso.

6. Um torcedor com a camisa do Flamengo entra em campo para abraçar seu ídolo MercenáR10 e, inesperadamente, dá um roundhouse kick no meliante.

7. Discreto, Ronaldinho entra em campo sem conceder entrevistas. Não comemora o gol de Léo Moura nem esboça reação no gol de empate do Grêmio. A atuação apagada é salva por novo vacilo do goleiro Victor que, ao tentar driblar o dentuço, perde a bola e entrega o gol para Ronaldinho. O artilheiro comemora subindo nas caixas de som que Odone mandou colocar à beira do gramado.

8. Ronaldinho passa a noite anterior num pagode no Rio de Janeiro e perder o vôo a Porto Alegre. A torcida tricolor, no entanto, não é avisada e permanece à espera do ídolo no Salgado Filho.

9. Na entrada em campo, Ronaldinho caminha em direção ao reservado do Grêmio, cumprimenta todos os jogadores e funcionários do time gaúcho, saúda a torcida, beija o escudo gremista na bandeira do Grêmio dá um longo abraço emocionado no presidente Odone. Antes de voltar ao campo, passa por Celso Juarez Roth que, por sua vez, cochicha ao seu ouvido: "Fui eu que te lançou no futebol. Nunca esqueça disso".

10. Torcida raivosa, cartazes de pilantra, moedas jogadas ao gramado, Ronaldinho com a cabeça na festa marcada para depois do jogo.

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L a n c e D e m a i s
Os gols de Cristiano e Marcelo, que foram idênticos: ambos em jogadas individuais, arrancando da zaga, avançando pelo meio e concluindo para marcar.

L a n c e I n a c r e d i t á v e l
O gol perdido por Antônio no início do jogo, quando estava só ele e o goleiro.

H o m e n a g e m d o C a r o ç o F . C . a o c r a q u e d a s e m a n a . . .




A t u a ç õ e s i n d i v i d u a i s
Time A
Filippelli - Jogou mais contido, guardando forças para vaiar Ronaldinho Gaúcho no próximo domingo. Ficou mais na marcação, sem avançar muito. Foi correto nos passes. E como goleiro, fez defesas importantes.







Carlos - Até que enfim! Retornou no seu melhor estilo, com um futebol refinado. Nos meses em que esteve ausente, perdemos vários assinantes do pay-per-view. Não sentiu a falta de ritmo e chegou bem ao final da partida. Mostrou que está recuperado da lesão e fez um golaço.





Fábio - Está se tornando um especialista na grande área, com gols de categoria. Desta vez, o artilheiro silencioso ajudou muito na marcação e ainda saiu rápido para o ataque








Santos - Subiu pouco à frente e ficou guardando posição. Também quase não concluiu, mas teve boa atuação debaixo das traves. Teve que ir embora tão logo terminou a partida, por motivos até agora desconhecidos. Aham.






Marcelo - Estava impaciente porque seu time não conseguia jogar bem até a metade da partida. Então, resolveu tudo sozinho, com três gols em sequência que abriram caminho para a vitória. Dedicou um dos gols a Orlando Silva.






Antônio - Se um centroavante vive de gols, Antônio está na UTI. Ninguém sabe o que acontece. Entrou numa fase "Delatorre" e não faz mais gols. Perdeu pelo menos três chances claríssimas. Deve ser a segunda paternidade cada vez mais próxima. Aham.








Time B

Paco - Teve uma boa atuação, prejudicada porque teve que ficar mais tempo do que o previsto no gol. Trocou bons passes, mas voltou a concluir pouco.








Lula - Legítimo jogador "box-to-box", surge com rapidez no ataque e na defesa. Organizou as jogadas e teve boas chances para chutar, mas não teve muito sucesso. Depois, pressentiu a derrota e caminhou pelo campo.






Gilson - O Homem Bom do Caroço chegou firme em alguns lances (porém, nunca com maldade - sentimento que ele desconhece). Movimentou-se bastante, mas não foi muito preciso nas conclusões e perdeu boas oportunidades.






Cristiano - Jogou mais afastado da área e não rendeu tudo o que sabe. Mas compensou com determinação e muitas roubadas de bola. Também teve azar nos chutes.







Elio - Começou no gol e logo levou uma bolada que o impediu de continuar como goleiro. Na linha, foi prejudicado pela dor, pois seu cérebro se concentrava nela e o impedia de fazer as jogadas mais básicas. Terminou a noite na enfermaria de um hospital colocando uma faixa no braço esquerdo.





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Futebol (também é) Arte.
[clica pra aumentar que tu vai entender o que é essa foto, rapaz]

Texto: Marcelo (jogo) e Elio (atuações). / Fotos e arte: Marcelo

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Jogo 20/10/11

Time A 14 x 9 Time B

Escalações e gols

Esquadrão Classe A: Gilson (4), Fábio (6), Marcelo (3), Santos (1), Lula


Série B: PC (2), Paco (3), Filippeli (2), Rodrigão (2), Elio e Codevilla

Na noite de quinta-feira, 20 de outubro, nas imediações do complexo esportivo da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, mais precisamente em frente ao estabelecimento Planet Ball, localizado na avenida Cristiano Fischer, nesta capital, uma carreta desembestada atropelou um grupo de atletas que vinha atravessando a via expressa. Testemunhas afirmam que o líder dos atletas abandonou a cena do acidente antes da chegada do socorro.

Brincadeiras à parte, a paródia de notícia policial acima serve como boa ilustração para o que aconteceu, na noite de ontem, entre as quatro linhas das quadra mais disputada de Porto Alegre. O time A atropleou o time B.

Divididos em duas equipes [teoricamente] equilibradas, os Carocinhos partiram para mais uma pelada semanal dispostos a reverter o quadro de desequilíbrio absurdo testemunhado no jogo da semana passada.

E, de fato, os primeiros minutos apontavam para um quadro diferente do fiasco da escalação dos times na semana anterior. Afinal, se, de um lado, o time A tinha jogadores de boa articulação, como Lula e Marcelo, do outro lado também havia (Paco, Filippeli).

Ademais, os dois sistemas defensivos eram [teoricamente] sólidos. PC e Rodrigão de um lado, Gilson e Santos do outro. Registre-se aqui que o presidente Elio, mentor das escalações dos times, não teve responsabilidade direta nos acontecimentos desta semana e nem da partida anterior. No papel, as equipes se equivaliam em técnica e limitações.

A bola foi rolando, os times foram se estudando e a andorinha acabou comendo alpiste. Lá pelas tantas, o time A encaixou e o time B não soube mais encontrar soluções. Como se não bastasse a dificuldade em encontrar alternativas, o time B ainda deparou-se com aquela velha entidade que paira na quadra do Planet Ball de vez em quando. A "Dona Zica", como é popularmente conhecida, parecia querer impedir, a qualquer custo os tentos da equipe de coletes amarelos. Foram inúmeras bolas na trave, chutes perdidos errados na cara do gol e defesas milagrosas protagonizadas por atletas que sequer dispõem das habilidades mínimas necessárias para jogar sob os arcos.

De um lado, os gols entravam de tdos os jeitos. De outro, entravam de jeito nenhum. Resultado: antes mesmo da metade da peleia, a goleada já estava cravada no placar. A carreta desembestada, o Esquadrão Classe A, trocava passes e encaixava jogadas com facilidade espantosa. A turma do outro lado, num futebol digno de série B, tentava, em vão romper as barreiras sobrenaturais que separavam a bola do fundo das redes do adversário.

Para surpresa de todos, cansado de levar gols, o timoneiro espiritual do time B, o goleiro Codevilla, decidiu abandonar a partida cerca de 20 minutos antes do final. O fato, no entanto, não modificou a dinâmica da partida, posto que a colisão e o atropelamento já haviam acontecido. Assediado pelos repórteres na saída de campo, o goleiro atribuiu o placar elástico imposto pelo adversário às cinzas do vulcão chileno.

L a n c e D e m a i s
Rodrigão estava no gol quando roubou a bola de Marcelo, avançou e da intermediária mandou um balaço de longe, estufando a rede

L a n c e I n a c r e d i t á v e l
Novamente, outra jogada que não tem explicação científica plausível: PC desviou do goleiro, mas a bola caprichosamente bateu nas duas traves e não entrou.

A t u a ç õ e s

Time A
Fábio - Matreiro, o artilheiro silencioso fez mais uma partida em que fez brilhar seu lado oportunista. Na frente do goleiro, quase não desperdiçou chances e ainda movimentou-se bem.
Gilson - O velho homem bom voltou! Ocupou o lado esquerdo do campo e usou a velocidade para fazer tabelas. A ainda foi muito bem como goleiro.
Marcelo - Outra atuação irrepreensível. Levou vantagem em quase todos os lances e ainda foi eficiente na marcação. Fez mais um de seus clássicos gols de letra, que dedicou ao povo Líbio.
Santos - A marcação continua seu forte. Ganhou boa parte das disputas e no gol não decepcionou. Faltou conclusões ao gol adversário, mas esta é uma carta que ficou guardada para a semana que vem.
Lula - Desta vez, não marcou tanto, mas foi fundamental para a vitória. Com boa atuação no gol e na transição do meio para o ataque, Lula conseguiu deixar a preocupação com o futuro casamento de lado e desempenhou um bom papel na equipe.

Time B
Codevilla - Para espanto geral, o Barão abandonou o time com pouco mais de 30 minutos de jogo, alegando que não tinha condições. Porém, como anteveu o desnível das equipes, nitidamente se poupou e não rendeu o esperado. Também não trouxe a variedade de folhosas para a salada que tinha prometido. Lamentável.
PC - Dedicado na marcação, usou bem as ultrapassagens em velocidade. Afobou-se na hora de concluir e perdeu gols incríveis. Lutou como sempre, mas perdeu.
Rodrigão - Começou marcando um gol, mas depois se atrapalhou em algumas saídas de bola. Quando o técnico pensava em substituí-lo, foi para o gol e teve bom desempenho, contando com a ajuda da trave. Fez um golaço no final do jogo.
Filippelli - Tentou se movimentar, mas como estava bem marcado, teve pouco sucesso. O discípulo de Celso Juarez foi bem nas assistências, desfilou seu futebol refinado, mas tropeçou no final da passarela e acabou não mudando o resultado do jogo.
Paco - O homem que ressurgiu das cinzas do vulcão, após viajar, de ônibus, mais de 16 horas devido a um cancelamento de vôo, jogou um pouco lento, mas foi o responsável pela organização das jogadas. Prefiriu os passes laterais aos chutes a gol. Depois, mais atrás, seu futebol melhorou.
Elio - Tentou correr mais do que o habitual e até ganhou algumas disputas com os adversários. Esteve, em geral, "dentro do jogo", o que já é uma evolução digna de aplausos. Porém, foi mal nas conclusões e, assim como Lula, passou o jogo em branco.

Texto: Marcelo (jogo + cotações) e Elio (cotações + lances) / Fotos: Marcelo

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Jogo 13/10/11

Time A 11 x 19 Time B

Time A: Lula (5), Gilson (2), Filippelli (2), Codevilla e Antônio (2)

Time B: Marcelo (5), Bernardo (8), Fábio (4), Santos e Elio (2)

Como foi o jogo
Na semana do Dia das Crianças, o Caroço F.C. realizou uma partida digna daquelas peladas da infância, nas quais, logo no início, alguém avisava: "vira em 10, termina em 20". Na nossa época de guri, futebol era diversão, correria e liberdade. O jogo só terminava quando escurecia ou quando algum familiar do dono da bola aparecia para arrastar o pequeno boleiro de volta pra casa.

Os anos passaram e os carocinhos cresceram, embora o placar do segundo jogo do outubro tenha lembrado as peladas da infância. Dificilmente uma partida, neste ano, vai superar a quantidade de gols assinalados.
Até a metade da partida, o placar era equilibrado. Pelo Time B, Marcelo e Fábio se destacavam com jogadas individuais e tabelas eficientes. Do outro lado, Lula tinha bom aproveitamento nos chutes de média distância. Quando o Time B conseguiu abrir vantagem superior a dois gols, a dupla Marcelo e Bernardo passou a acertar todas as jogadas e a vitória veio de forma tranquila, até com um placar mais extenso do que o esperado.

Depois do jogo, com mais uma presença marcante da Silvinha, os boleiros se reuniram para mais uma rodada de churrasco, cerveja, refrigerante e boas histórias.

L a n c e D e m a i s
Bernardo recebeu de Marcelo e, na saída de Codevilla, colocou por cima, com um leve toque

L a n c e I n a c r e d i t á v e l
Gilson recebeu pela direita e chutou quase sem ângulo, mas a bola bateu nas duas traves e saiu

A t u a ç õ e s
Time A
Codevilla - Enquanto a partida esteve equilibrada, foi o goleiro seguro e confiante que estamos acostumados a ver. Chegou até a arriscar algmas saídas como goleiro-linha e tentar alguns chutes contra o gol adversário. Quando o time desandou, não teve como evitar a goleada e largou de mão.
Lula - Com um excelente aproveitamento de chutes na primeira metade da partida, estava entre os candidatos a melhor da partida. Depois, como toda a sua equipe, caiu de produção.
Filippelli - Bem marcado, não conseguiu mostrar seu futebol refinado. Limitou-se a toques laterais e poucas conclusões. Faltou fôlego para ajudar na marcação (fon fon!).
Gilson - Irreconhecível. Seu time dependia de seu futebol e garra, mas eles não compareceram esta semana. Gilson perdeu quase todos os lances que disputou e ainda teve má pontaria na maioria das conclusões. Que homem bom.
Antônio - Correu mais do que o habitual, só que de forma desordenada. Às vezes, ficava escondido na "Zona do Agrião" pedindo a bola pelo alto. Quando a bola chegou, fez dois belos gols.

Time B
Marcelo - Demorou alguns minutos até entrar no jogo, mas depois jogou praticamente sozinho. Deu lançamentos, chutes e deixou os companheiros na cara do gol. Também fez seus gols, um deles de calcanhar.
Bernardo - Começou errando bisonhamente as batidas no gol. Com mais calma, acertou o posicionamento e seu futebol apareceu. Fez nada menos do que 8 gols (além de um contra).
Fábio - Jogou no sacrifício (por um problema familiar) para não deixar o grupo na mão e não decepcionou. Foi eficiente no ataque e marcou dois gols de cabeça.
Santos - Sua melhor partida em vários meses. Praticamente anulou o atacante Antônio e ainda foi muito eficiente na saída de bola, com passes rasteiros e seguros.
Elio - Orientado por Marcelo, voltou a ocupar uma faixa restrita da quadra e conseguiu distribuir bons passes. Jogou mais tempo no gol e teve dificuldades com os chutes de Lula.

Em sentido horário: Antônio na "Zona do Agrião; Santos e seu famoso "salsichão 12 horas"; o estilo "pega-varetas" de assar e o agrião nosso de cada quinta-feira.

Texto: Elio / Fotos + legendas: Marcelo

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Jogo 05/10/11

Placar: Time iPod 8 x 9 Time iPim

Nesta semana, o Amigos do Caroço F.C. se viu forçado a antecipar a data do jogo semanal em um dia por conta do show de Eric Clapton em Porto Alegre. Mal sabíamos que pouco antes de entrarmos em campo, naquela noite, um dos gênios de nossa geração, um dos criadores da Apple, Steve Jobs, viria a falecer.

A surpreendente notícia causou burburinho entre os atletas durante o aquecimento. Pouco depois, já estavam todos em quadra, movimentando-se na mesma velocidade dos primeiros processadores desenvovlidos por Jobs e sua turma na década de 70.

Nosso presidente, visivelmente o mais abalado com a notícia, decidiu não emitir nenhuma declaração oficial antes da partida, frustrando o batalhão de jornalistas ansiosos por ouvir o que o Caroço tinha a dizer. Bandeira, no entanto, insistiu que a equipe de redação do blog prestasse homenagem ao seu guru.

"Uma das maiores expressões do legado de Jobs é o fato de que milhões souberam de sua morte através de um aparelho desenvolvido por ele", afirmava a revista Billboard, no Twitter, horas depois da notícia chegar. Aparelhos e badulaques Apple estão presnetes na vida dos boleiros e no cotidiano semanal dos Amigos do Caroço. A maioria dos boleiros usa (ou já usou) produtos criados por Jobs, como iPods, iPhones, iPads.

Nos churrascos da turma, a música fica por conta do iPod do atacante Marcelo enquanto a turma, eventualmente, mordisca uns pedacinhos de iPim. Além disso, muitos vídeos dos jogos foram gravados no iPhone do goleiro Codevilla. Não raro, o lendário atacante Antônio chega balançando as cordinhas brancas dos fones do seu iPod.

Portanto, é pertinente afirmar que parte da senda de vitórias do Amigos do Caroço está relacionada diretamente com as criações de Jobs. Um dos lemas da Apple é "Pense Diferente". É justamente o que fazemos todas as semanas! Se não dá para jogar futebol direitinho, desenvolvemos um jogo muito parecido.


C o m o   f o i   o   j o g o
Com várias defecções por conta da mudança de dia e horário, o jogo foi garantido com um quórum mínimo de 10 atletas.

Apesar disso, o jogo teve inúmeras chances de gol perdidas pelas duas equipes. De um lado, o Time iPod mostrava boa troca de passes, enquanto que o Time iPim chegava fácil à frente do gol adversário, mas não conseguia marcar.

No início, a equipe sem coletes abriu vantagem e chegou a fazer 5 a 2, com boa atuação do atacante Antônio. Do outro lado, Codevilla salvava e ainda contava com a ajuda da trave. Porém, aos poucos, o Time iPad acertou a pontaria e conseguiu a virada, estabelecendo o 6 a 5.

O Time iPim andava meio mole, mas não morto. Voltou a tomar a dianteira, e a vitória parecia assegurada. Depois de um gol de muita insistência (a trave e Marcelo tinham salvo duas vezes no mesmo lance), a partida voltou a ficar empatada até que, no final, Lula acertou um chute forte de fora da área e garantiu a virada, decidindo um jogo de muito equilíbrio.

L a n c e   I n a c r e d i t á v e l
Antônio recebeu livre (ele e o goleiro!), mas chutou por cima, perdendo um gol feito (e que faria muita falta depois)

L a n c e   D e m m m m m m m m m a i s
Marcelo recebeu dentro da área, de costas para o gol, e tentou uma bicicleta a 4.2cm do chão. Lamentável e constrangedor. Quase caindo, conseguiu tocar a bola para as redes. Gol legítimo.

Escalações e gols

Time iPim: Fábio (1), Paco, Rodrigão (3), Lula (2) e Igor Goiano (3)

Igor (de novo na foto) + Time iPod: Marcelo (2), Antônio (3), Bernardo (2), Codevilla e Elio (1)


A t u a ç õ e s

iPim
Lula - iNventivo, comandou sua equipe para a vitória. Correu o campo todo, centralizou a maioria das jogadas e ainda fez o gol decisivo.
Igor Goiano - iMpecável na marcação, postou-se na zaga, plantado na frente da área para bloquear os chutes adversários. Quando conseguiu ir à frente, marcou três gols.
Rodrigão - iMtempestivo, movimentou-se nos flancos do ataque e usou como arma o oportunismo para deixar sua marca.
Fábio - iNcansável, ajudou tanto na frente e na zaga. Não teve uma grande atuação, mas foi importante para a vitória, especialmente no gol.
Paco - iMaginativo, mostrou bom futebol e postou-se mais à frente, nas costas da zaga, o que exigia uma marcação diferenciada. Fez boas assistências, mas concluiu pouco.

iPod
Codevilla - iLusionista, o Barão de Codevilla tirou defesas da cartola para garantir o resultado. Também fez um truque para as traves auxiliarem na defesa. Quando a mágica cessou, o time perdeu o jogo.
Marcelo - iMpaciente, jogou mais atrás, coordenando a saída de bola e subindo só na boa para concluir. Fez jogadas diferentes, como o gol quase deitado e deu bons passes.
Bernardo - iMpetuoso, usou sua velocidade para apertar a marcação e partir rápido para o ataque. Fez boas tabelas com Marcelo e Antônio e um belo gol, num chute seco.
Antônio - iNcomum, o atacante popstar começou muito bem o jogo, com gols, jogadas de qualidade e ajuda à marcação. Depois que perdeu um gol feito e cansou, seu futebol sumiu. Terminou o jogo extenuado.
Elio - iMóvel como sempre. Parecia ter encontrado uma posição, jogando numa faixa específica do campo, praticamente no círculo central. Mas o tempo passou e o fôlego se foi.

Texto: Elio e Marcelo / Fotos: Marcelo

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Jogo 29/09/11

Velha Guarda 9 x 13 Sub-40

Velha Guarda: Santos, Paco (1), Fábio (3), Rodrigão; sentados: Lula (3) e Marcelo (2)

Sub-40: Filippelli (2), Gilson (5), PC (2), Elio (2), Codevilla e Cristiano (2)

Emoções, emoções
"Diz a lenda que quando um Amigo do Caroço faz aniversário, uma estrela nasce no céu". Calma, você não está lendo o mesmo texto duas vezes. Acontece que o autor dessa antológica frase entrou para o seleto grupo dos quarentões nesta semana e, por sua importância dentro do grupo, sua relação amigável e fraternal fora da quadra (dentro das quatros linhas vocês já sabem, né?), merece uma menção especial.
O grupo Amigos do Caroço deseja a você, Marcelo, (pelo menos) mais 40 anos de muito futebol, golaços e presença animada no meio dos amigos!

Como foi o jogo
Na análise da distribuição da equipes, antes de a bola rolar, é costume alguém falar: "nosso time está mais forte". Acontece que isso normalmente acontece, porque, por mais que o organizador tente dividir as equipes pelos melhores e piores, pelos canhotos e destros, pelos casados e solteiros, pelos Colorados e Gremistas, alguma coisa nunca fecha.

Às vezes é porque um dos escolhidos não dormiu bem, bebeu todas na noite anterior, brigou com a patroa, xingou o chefe, se irritou com o trânsito...aí já viu. É motivo suficiente para o cara não render exatamente o que se pensava quando da separação dos boleiros.

Nesta semana, a tendência era de um jogo fácil para o time da Velha Guarda, que continha o maior número de quarentões: Lula, Paco e agora Marcelo. Do outro lado, com o branco ditando a moda nos uniformes, apenas dois acima dessa linha divisória da vida de um homem: o nosso Presidente e o "Homem Bom" Gilson.

E o jogo começou animado e disputado, com a previsão inicial se confirmando. O time da Velha Guarda, mais experiente, fazia jogadas de efeito e até trocava passes de cabeça (lembrando o ídolo Colorado Escurinho, falecido nessa semana). Do outro lado, Cristiano tentou imitar a lambreta de Leandro Damião, mas o veículo não estava com o IPVA pago e não saiu do lugar. Nessa hora, os "velhinhos" estavam com vantagem de 5 a 2 no placar.

Daí que aconteceu o inacreditável. Além do gol de Cristiano (veja acima), Gilson mostrou que às vezes pode mudar seu comportamento e demonstrar um sentimento até então desconhecido, a irritação. Visivelmente chateado por não estar na equipe da Velha Guarda (até por ser um dos mais velhos em quadra), trocou o chip colocado em sua chuteira (para garantir a visualização a quilômetros de distância) e passou a empilhar gols, ora driblando o goleiro, ora sendo oportunista, ora roubando a bola dos adversários.

Então, o placar virou e o time da Velha Guarda sentiu o "peso mais a idade" e não teve mais forças para reagir. A vitória desta vez não ficou com a experiência, mas certamente servirá como modelo para futuras partidas.

Lance Inacreditável
Cristiano dominou do outro lado da quadra e lançou. O goleiro Rodrigão disse: "deixa"! Só que ele também deixou e a bola caiu dentro do gol

Lance Deeeemmmmmaaaaiss
O gol de longe de Marcelo, pegando na veia, e o de Filipelli, pegando, de cabeça, rebote do próprio chute que havia explodido na trave

Atuações

Velha Guarda
Marcelo - A nova idade já mostrou a que veio. Movimentou-se pelos atalhos e meteu uma bucha na veia do outro lado da quadra. Depois, sentiu a marcação e não conseguiu melhores resultados.
Paco - Atuação interessada. Bem na zaga e no ataque, mas sentiu a falta de ritmo de jogo. Correu até o final.
Lula - Um dos melhores do time. Fez gol de longe e até de cabeça. Decaiu no final, como o resto da equipe, mas não desistiu do resultado.
Santos - Atuação um pouco discreta. Na zaga, foi seguro boa parte da partida. Subiu pouco ao ataque.
Rodrigão - Estava bem no ataque, fazendo tabelas com Fábio. Quase fez um golaço em uma jogada de toques pelo alto. Quando foi para o gol, seu desempenho não foi o mesmo.
Fábio - Sempre difícil de marcar quando está no ataque. Aproveitou o desentrosamento adversário e fez três gols. Outro que não conseguiu manter o nível de atuação até o fim.

Sub-40
Filippelli - Um dos melhores do jogo. Levou vantagem na maioria dos lances, quase não errou passes, fez assistências e marcou dois gols de muita categoria. Um deles ficou conhecido como "o gol da foca", por quase equilibrar a bola sobre a cabeça.
Gilson - O outro destaque. Está se acostumando à chuteira nova. Quando o jogo parecia complicado, apareceu com muita vontade e conseguiu a virada, com jogadas de qualidade e velocidade.
Codevilla - Duas partidas em uma. Na primeira, era só reclamação contra a zaga e defesas esporádicas. Na outra, foi o goleiro de sempre, arrojado e seguro.
PC - Acelerou alguns lances sem necessidade e, por isso, errou muitos passes. Perdeu um gol na cara do goleiro, quando isolou a bola. Porém, foi muito bem na marcação e nas roubadas.
Cristiano - Tentou pedaladas e uma lambreta, sem sucesso. Compensou com uma saída de bola qualificada e nas disputas de bola, levando vantagem em muitos lances.
Elio - Nos primeiro cinco toques na bola, errou todos os passes. Parecia perdido em campo até fazer um gol. Depois, foi mais eficiente nas assistências.

Celebração
Como toda a semana, um churrasquinho depois do jogo sempre é bem-vindo. Acontece que desta vez, havia vários motivos para comemoração. Além do aniversário do Marcelo, que entrou para o seleto grupo dos quarentões do caroço, também havia a presença do noivo do mês, Adriano "Polenta" Murillo, um dos boleiros iniciais do Caroço, mas que vive uma outra fase pessoal, profissional, autoral, e setentrional.

Quórum qualificado: Polenta (de laranja), Elio, Paco, Tolfo (com os espetos), Filippelli, Santos, Codevilla e Marcelo

O Presidente tenta chamar (sem sucesso), atenção para a transmissão do Rock In Rio

Texto: Elio / Fotos: Marcelo