A: Rodrigão, PC, Sandro, Kau, Marcelo (1), Igor e Fábio (4); Elio e Cristiano Caturrita. Alemão (1) chegou depois e ficou fora do registro
B: Santos, Igor Goiano, Codevilla, Lula, Sorriso, Dico, Antônio (1) e Paco (1)
Como foi o jogo
Jogo festivo é considerado festivo até a hora de a bola começar a rolar. Pelo menos essa é a tônica do grupo Amigos do Caroço, comemorando mais um aniversário.
Claro que ninguém entra em campo para disputar uma Copa do Mundo, mas é certo que ninguém gosta de perder em dia de festa.
Como existia a certeza de que após o jogo os boleiros iam aproveitar um belo churrasco, o resultado da partida ficou em segundo plano. O mais importante foi reunir boleiros antigos e recentes para mais uma celebração.
A falta de jogos aos finais de semana em 2010 (este foi o único de todo o ano) cobrou seu preço. Com a chuva que não veio, o sábado foi marcado por uma sensação de abafamento que causou imensos prejuízos para boa parte dos atletas, especialmente aqueles acima dos 40 (e não são poucos).
Com gente sobrando (foram 18 jogadores no total), optou-se pela formação das duas equipes com oito jogadores cada (sete na linha e um no gol, óbvio), e mais um reserva. O outro reserva, o atacante Alemão, chegou mais tarde e juntou-se ao grupo.
E o jogo teve momentos distintos. No primeiro, o Time B comandou as ações, ao ponto do goleiro Codevilla só ter sido exigido quase na metade da disputa. A equipe abriu o placar e só não ampliou devido à performance memorável do goleiro Sandro.
Quando o Time A fez duas alterações, se organizou em campo e passou a tocar mais a bola, a situação se inverteu e a vitória veio de forma tranquila, especialmente pelas atuações de Sandro, Alemão e Fábio.
Ao final, o placar foi mais elástico do que o jogo aparentou, mas o importante, sem dúvida, foi a confraternização do grupo e a certeza de que o fôlego para uma partida de futebol 7 (ou 8) está se esvaindo rapida e perigosamente.
Atuações
Time A
Sandro - O nome do jogo. Entrou para a história do Planet Ball ao praticar grandes defesas e contar com a sorte. Se não fosse ele, seu time seria goleado. O goleiro marrento mostrou que, se motivado, é uma barreira difícil de ser transposta.
Fábio - O goleador da partida aproveitou-se que o marcador tinha esticado a noite anterior e ficou perto da área. Daí, surgiram quatro chances e ele aproveitou. E os méritos são todos dele.
Alemão - O ex-atacante com estilo de surfista só atua em datas comemorativas. Porém, sempre mostra sua vocação para o gol. Entrou no time e mudou a partida, pois conseguiu dar consistência a um ataque combalido. Fez um gol num chute despretensioso.
Kau - Hoje em dia, restou apenas a técnica de um zagueiro respeitado por sua qualidade e rapidez. Teve boa colocação, mas passou trabalho com a dupla Antônio-Sorriso. Não passou do meio-campo.
Igor Sperotto - Como é sua característica, não consegue ficar no mesmo setor durante o jogo. Começou na zaga, passou para o meio, ficou no ataque e voltou para o meio-campo. Pelo menos lutou bastante e ajudou nos contra-ataques.
Marcelo - É daqueles que demora a se adaptar a um jogo na quadra externa, porque tem explosão suficiente para o campo menor. Porém, dedicou-se com a garra habitual e aos poucos foi encontrando espaço e terminou com boa atuação.
Rodrigão - Jogou pouco tempo, pelas laterais, e deu um drible desconcertante em Dico (coisa rara). Saiu mais cedo devido a uma lesão nas costas.
PC - Muito bem na zaga e nas saídas pela lateral-direita. Também ficou na marcação contendo os avanços do lateral adversário. Foi um dos destaques da equipe.
Cristiano Caturrita - Visivelmente acima do peso, foi uma sombra daquele atacante insinuoso e goleador. Praticamente fez número em campo e não produziu nada que merecesse nota. Precisa urgente de uma pré-temporada.
Elio - O presidente/tesoureiro/corneteiro ficou um bom tempo fora, só tirando sarro dos boleiros em campo. Depois, quando entrou no time, ajudou a organizar a bagunça e ficou naquele esquema de sempre: passe-corridinha-passe-alguma movimentação-passe.
Time B
Codevilla - O goleiro estava de aniversário na semana e o único presente que ganhou foi uma folga na primeira metade da partida, onde ficou só assistindo ao jogo. Depois, quando foi exigido, mostrou a segurança habitual, mas não conseguiu evitar os gols adversários, sem ter qualquer parcela de culpa.
Igor Goiano - No início, estava tranquilo, porque Cristiano não incomodava ninguém. Depois, quando seu xará subiu e Alemão entrou no jogo, teve muito trabalho. Perdeu boa parte das disputas de bola e alegou estar sem ritmo de jogo (a desculpa preferida de todos).
Rafael Santos - A noite custa caro e o pagamento continua no dia seguinte. Foi o que aconteceu com o advogado/lateral, que até se esforçou, mas a verdade é que o atacante Fábio fez a festa no seu setor, garantindo a vitória do Time B.
Dico - Resgatado pelo grupo para participar da solenidade, o lateral mostrou a disposição habitual, com muita correria pelo flanco esquerdo. Com o passar do tempo, trocou de lado, mas não teve muita vantagem sobre os marcadores. Mostrou que está desentrosado do grupo.
Paco - Outro que não repetiu, do lado de fora, as boas atuações na quadra interna. Bem marcado, parecia sem força e com sono. Reclamou bastante dos companheiros e deu um chute bisonho para fora, mas marcou um gol quase em cima da linha.
Lula - Sem dúvida, o melhor da equipe. Aproveitou-se da falha de marcação do time oponente no início e fez do meio-campo a sua casa. Organizou, driblou, deu assistências e concluiu, mas não contava com a grande fase de Sandro. Depois, melhor marcado, não teve o mesmo desempenho.
Antônio - O folclórico artiheiro teve espaço e marcou o primeiro gol do jogo. Ainda teve outras chances, mas não as aproveitou. Reclamou de um pênalti e depois sumiu da partida.
Sorriso - Desta vez, perdeu longe o duelo particular com Sandro. Movimentou-se bastante e deu trabalho à zaga do Time A, mas não conseguiu marcar um gol sequer.
Momento para reflexão
Há um ano, o grupo perdeu um de seus boleiros mais queridos: Fred. A notícia abalou todos que o conheciam e mereceu
um post inteiro sobre o nobre amigo. Pois na hora de tirar a foto comemorativa e histórica, a câmera, como se tivesse vida própria, simplesmente virou seu foco para o céu e o registro foi feito, como você pode ver abaixo.
Sem querer, acabou sendo uma singela homenagem ao Fred. (Mas te garanto que alguns ficaram cabreiros pensando se não tinha sido outra brincadeira dele).
Texto e fotos: Elio
