sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

29/01/2015: ninguém é melhor que ninguém

Time A 12 x 12 Time B

Time A: Cristiano (6), Filippelli (1), Marcus, Antônio (3) + os fora da foto Lukas (1) e Fábio (1)

Time B: Bernardo (1), Marcelo (1), PC (6),  Mairon (1), Elio + o fora da foto Zé (3)

Vou começar a contar a história do jogo de ontem pelo inusitado número de gols marcados por dois jogadores. Juntos, eles foram responsáveis por metade de todos os gols desta pelada. 

Com 6 (seis) gols cada um, PC (quem diria!) e Cristiano (nunca deixei de duvidar!) meteram tantas bolas na rede que devem ter chegado em casa de peito estufado, orgulhosos com o feito. 

Fato relevante também foi a chegada da bola nova. Filipelli prometeu e cumpriu. Estamos jogando com uma bola novinha, mais leve e saltitante, se comparada aos sacos de cascalho e brita que a estrutura do Planet Ball nos ofereceu nas últimas duas semanas. 

Bom, vamos ao que rolou dento das quatro linhas: o time B saiu ganhando e foi levando aquilo até que tomou o empate. Aí a coisa estava em 4 x 4. Só que forças sobrenaturais começaram a atuar sobre o time A, que empilhou gols espíritas, budistas, muçulmanos e cientoligistas. 

A verdade verdadeira é que o time A estava mais compactado e fazendo gols de contra-ataque, chegando ao ataque com mais jogadores, pegando muitas vezes a defesa do time B desarrumada.  Abriram uma vantagem de 5 gols e então... 

...acharam que o jogo já tava ganho. Uns faziam cera, outros davam toquezinhos laterais. 

Mas o time B, com a honra ferida, lembrou daquela música do Genival Lacerda e não tirou "o olho da boutique" do  time adversário. Buscou o empate gol a gol, a pau e corda, mostrando que a goleada não era fiel ao nível do futebol de todos em quadra. Ninguém é melhor que ninguém. Os dribles são manjados, as jogadas sempre as mesmas, mas a gente se diverte.

Acabou em 12 a 12. "Empate justo", disse alguém. Ainda tentamos uma churrasqueira pra assar umas pelancas, mas o misterioso sistema de reservas da casa não tinha nada pra gente. 

Lance demais:
Um dos 6 gols do PC foi de grande sorte categoria. Avançou pela lateral e chutou cruzado, com graça e leveza, respeitando os gomos brilhantes da bola novinha. A gorduchinha entrou no canto oposto. Ele agradeceu os aplausos e dedicou o gol ao inventor do Tinder.

Lance inacreditável:
O rateio da bola nova deu 6 (seis) Dilmas pra cada um. Isso é barato demais, gente.

Performances
T i m e   A
Cristiano: Teve muita felicidade nas conclusões. Puxou o time pro ataque e sempre levou perigo. Grande partida.
Filippelli: Movimentou-se bem, muitas vezes mais preocupado em proteger a defesa. Parecia cansado no final.
Marcus: Visivelmente cansado, não teve a explosão de sempre. Chegou tarde em alguns lances, mas não comprometeu.
Antônio: A camiseta que ganhou de Filipelli tocou seu coração. Jogou de alma leve, o que fez com que o corpo também parecesse ter menos peso. Boa partida.
Lukas: Quase na hora do jogo, pediu uma beirada por telefone e levou. Chegou atrasado, mas jogou com tesão. Parecia com saudade do Caroço.
Fábio: Ótima movimentação no ataque. Seu jogo silencioso e de dribles simples contribuiu muito quando o time abriu larga vantagem.

T i m e   B
Bernardo: A correria de sempre, mas desta vez com alguma falta de objetividade, o que não significa que não foi importante para o time. 
Marcelo: Alternou entre defesa e ataque, empenhado no esforço de tentar dar alguma ordem ao time. Erros, acertos. 
PC: O cara organiza o jogo, corre o campo todo, protege a defesa e e faz seis gols. Dizer o que?
Mairon: Ainda visivelmente abalado com o chapéu que tomou do Cristiano semana passada, fez um jogo normal, com jogadas simples. Boa movimentação.
Elio: A dificuldade de movimentação fez com que não conseguisse entrar no jogo, mas fez uma ou duas boas assistências.
: Entrou muito bem, fazendo gol, beijando a camisa e tal. Mas depois decaiu um pouco. Estava presente em quase todas as boas jogadas de ataque produzidas pelo time e foi fundamental na busca do empate.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

22/01/2015: la mano de Dios

Time A 13 x 12 Time B


Time A: Antonio (5), Filippeli, Mairon (3), PC(4) e Polenta (1)

 Time B: Cristiano (3), Fabio (3), Marcelo (3), Santos (2) e Lula (1)
Olha, tá dando gosto derramar suor e graxa no gramado sintético do Planet Ball Arena no ano de 2015. Mais uma vez, jogo parelho, com reviravoltas e boa movimentação. "Samba, suor e ouriço", diriam os integrantes do Bloco da Laje.

PC montou os times usando o critério CdP (compensação da perebice), ou seja, se de um lado colocava um craque, tratava de agregar um ou dois boleiros mais limitados ao seu lado buscando o equilibrio das equipes.

O que se viu foi uma pelada com pouquissimas faltas (talvez apenas uma) e bola rolando o tempo todo. Aliás, nota negativa para a bola oferecida pela casa. Alem de cheia demais, era pesada - parecia ter areia, chumbo, brita dentro. Coitado do Lula que, logo nos primeiro minutos, levou uma chapuletada desferida pelo PC direto na orelha. Deve estar ouvindo sinal de ocupado até agora (tu...tu...tu..).

O time A saiu na frente abrindo, em determinado momento, uma vantagem de 4 gols. Mas quem conhece o Caroço sabe que raramente um time segura essa tranquilidade o tempo todo. Rolou virada e chegou a ficar 10 x 11, mas aí degringolou o Time B e na reta final o Time A fez 3 gols e passou na frente de novo. Nos instantes finais, o Time B meteu pressão, descontou. A diferença ficou em apenas um gol. Foi então que...

...bola na área, cruzamento em diagonal, pressão, entrevero e talicoisa... A bola vai saindo pela linha de fundo e Antônio, de costas, busca apenas protege-la, na tentativa de ganhar tempo e deixar as coisas como estavam. Mas a bola desvia sutilmente em seu corpo. Foi peito? Foi mão? 

Como o folclórico atacante estava de costas, o que valeu foi sua palavra de que não houve toque de mão. 

Mas se fosse mão, era pênalti. 
E se fosse pênalti, era gol. 
E se fosse gol era empate!

Ficou por isso mesmo. Fim de jogo. Bora pra ceva.

Lance demmmmais:
Entre a marca do pênalti e a linha da área, Cristiano dominou e deu um chapéu constrangedor em Mairon. Pior: completou e meteu pras redes de voleio. A bola "desenhou" tão perfeitamente o corpo de Mairon no lance que ele até foi jogar de goleiro por um tempo... humilhado, cabisbaixo, resignado.

Lance inacreditável:
Ataque do time A, em alta velocidade. Lula acompanha, como único defensor, também correndo pra remontar o sistema defensivo. Pela ponta, alguém busca inverter o jogo e a bola passa na frente do futuro papai. Lula vai esticar o pé pra interceptar, mas a chuteira tranca na grama artificial. Tombo. Que tombo. Assim não pode. Assim não dá.

Performances:
T i m e  A
Antonio: Atacante obejtivo, calou os críticos metendo 5 gols. Os companheiros sentiram sua falta na cobertura da defesa.
Filippeli: Parecia cansado, mas desempenhou papel importante na dinâmica da equipe. O passe preciso foi sua maior virtude.
Mairon: Na opinião do PC, Mairon fez sua melhor partida desde que começou a jogar no Caroço. Mas vai lembrar do chapéu que levou do Cristiano por muito tempo.
PC: Obcecado com a cobertura da zaga. Lançava-se ao ataque, mas voltava com muita velocidade quando o time sofria contra-ataque.  
Polenta: Muito mais confiante na segunda partida, foi o maestro do time. Bom posicionamento na intermediária e apoio excelente no ataque.

T i m e  B
Cristiano: O melhor do time. Com muita velocidade, foi responsável por quase todas as boas jogadas de ataque.
Fabio: Jogou com tênis emprestados e, talvez por isso, demorou a entrar no tempo do jogo. As subidas com velocidade foram a melhor característica.
Marcelo: Demorou muito a encontrar seu lugar na equipe, deixando furos na marcação e sendo pouco útil no ataque. Melhorou na parte final.
Santos: A mesma marcação segura de sempre. Teve boas chances no ataque.
Lula: Como sempre acontece quando erra uma jogada simples, entrou em guerra consigo mesmo e perdeu o foco por conta da irritação. Felizmente, deu a volta por cima na segunda metade do jogo e foi importante pro time.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

15/01/2015: a volta do grupo, a volta do craque

Time A 9 x 8 Time B

Time A: Bruno (fora da foto, 2 gols), Fabio (2), Filipelli, Polenta (3) e Marcelo (2)


Time B: Cristiano (2), PC (4), Lula (1), Mario e Santos(1)

A história do primeiro jogo de 2015, décimo-quarto ano de atividades desta informal agremiação, passa pela notícia de um dos retornos mais aguardados da década. Polenta voltou. E mais: voltou jogando bem.

Ao longo da semana, Adriano (nome de batismo do competente volante e um dos fundadores dos Amigos do Caroço), alertou os organizadores de que jogaria no gol, revelando ainda viver sob o trauma da séria lesão que sofreu há quase dois anos.

Ao longo do jogo, no entanto, o instinto marcador falou mais alto. Depois de 20 minutos, revezou com um companheiro que assumiu as traves e passou a desempenhar funções de meio-campo.cada vez mais à vontade à medida que o tempo passava, acabou arriscando finalizações e deixou o nome no placar três vezes.

Sobre o jogo em geral, o que se viu foi sinal de um ano promissor. Placar disputado até o final, boa movimentação de parte a parte e alto nível de motivação. 

O time A saiu ganhando, mas o  Time B virou e manteve 1 ou 2 gols de vantagem por quase todo tempo - com um ou outro efêmero empate surgindo. 

Nos minutos finais, o placar era de 8 a 8. Polenta cruzou e PC desviou pra dentro. Vitória de virada do time A, com tons de heroismo e gol do boleiro que retornava à casa. Tudo muito bonito.

Gurizada saiu de quadra e foi direto pra Silvinha, onde rolou o primeiro churrasco de 2015. Conversa boa fez tudo se estender até duas da manhã. Que homens bons.


Lance demais: 

Silvinha ficou liberada pra gente no exato instante do término da partida. Churrasco garantido!

Lance inacreditável:
Santos avançou pela lateral e bateu forte, deslocando o goleiro e colocando no canto. Belo gol, che.

Performance:

T i m e   A
Bruno: O atraso de 15 minutos maculou sua atuação serena. Boa partida.
Polenta: Justificou os milhões pagos ao Querétaro, do México. Jogou bem e fez 3 gols.
Marcelo: Jogou na zaga e arriscou bem-sucedidas arrancadas à frente. 
Fabio: Demorou pra achar seu lugar no time, mas seguiu levando perigo quando ficou no ataque.
Filipelli: Excelente partida. Competência no passe e visão de jogo. Sabe muito.

T i m e   B
Mario: Atuação tímida. Além dos dribles curtos, pouco arriscou no ataque. O time precisava de seu talento.
PC: Chamou pra tradicional correria na lateral, mas também ajudou muito na marcação. Fez 4 gols!
Cristiano: Sempre levando perigo, alternou entre ataque e meio-campo. 
Lula: O telefone poderia tocar a qualquer momento anunciando o início do trabalho de parto da esposa, mas o boleiro manteve o foco e a dedicação.
Santos: Competente marcador, foi responsável por um dos mais bonitos gols da partida, quando arrancou pela lateral e colocou com força na saída do goleiro.

Notas: Bruno teve atraso de 15 minutos e um figurante participou do início do jogo.