segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Jogo 25/08/11

Placar: Time A 9 x 9 Time B
Time A: Carlos (1), PC (1), Codevilla, Filippelli (1), Rodrigão (2) e Fábio (4)



Time B: Lula (2), Elio (1), Santos (1), Cristiano (1), Gilson (2), Marcelo (2) e Marcelo Leites

Diz a lenda, que a cada vez em que um dos Amigos do Caroço completa mais um ano de vida, uma estrela nasce no céu. O aniversário de um Carocinho é um sinal de esperança por um mundo melhor, sem carrinhos, sem lesões e onde todos os pênaltis são marcados a nosso favor. Um mundo onde os bandeirinhas não têm braço e o nosso fôlego é tão infinito quanto nossa vontade de jogar bola.

Esta semana um Carocinho compeltou 40 anos. O aniversariante é um dos Carocinhos ranzinzas, o ilustríssimo LF Roesler. Lula celebrou os "quarentinha" numa festa concorrida na noite de sábado, em Porto Alegre. O evento foi prestigiado por vários (ex)atletas do Caroço. Parabén, Lula!

Agora... vamos aos fatos da quinta-feira passada:
A envergadura dos Amigos do Caroço, definitivamente, não cabe mais no território gaúcho. Na semana em que o Campeão de Tudo conquistou mais uma vez a Recopa Sul-Americana, o Caroço mostrou que também sabe valorizar o nosso continente, com duas ações de marketing agressivas.

Na primeira, o atacante Marcelo trouxe para o RS um legítimo integrante da torcida uruguaia, Marcelo Leites, torcedor fanático do "La Franja" Danúbio (a Ponte Preta deles). Além de mostrar as belezas da Capital gaúcha, o Marcelo brasileiro levou o Marcelo uruguaio para participar do jogo desta semana, não só dentro das quatro linhas, mas também no nosso tradicional churrasco. Leites, que mora em Buenos Aires, mas que, em Montevideo, participa de um grupo de futebol chamado "Los Galáticos", veio conhecer a alegria, a disposição e o esforço dos nossos boleiros.

Outra iniciativa de estender os laços do Amigos do Caroço para além das fronteiras veio do legendário goleiro Codevilla, que aproveitou seus 42 dias de férias para, numa atitude praticamente impensável anos atrás, negociar diretamente com os grandes clubes da Argentina os termos de um patrocínio e um intercâmbio de boleiros entre os dois países. Codevilla foi recebido pelas direções de Boca Juniors (como mostramos na semana passada) e de River Plate e, ao retornar, revelou que as negociações avançaram bastante.

Os dirigentes das duas equipes devem acompanhar os nossos jogos na abertura da janela do início do ano. De concreto mesmo, Codevilla acertou parceria com o Atlanta, clube da Região Metropolitana de Buenos Aires, que o presenteou com uma camiseta.
Mas as leitoras assíduas do blog do Caroço já devem estar se perguntando: e o jogo desta semana?

Com o quórum completo e ainda o reforço uruguaio, a partida teve dois momentos distintos. Enquanto o Time B tinha 7 jogadores e se atrapalhava na hora de trocar os jogadores, o Time A mostrava melhor organização em quadra.

Porém, o time de coletes laranjas abriu uma boa vantagem, que chegou ao placar de 7 a 4. Então, o adversário reagiu e, em poucos minutos, empilhou gols na sequência e virou o resultado, chegando a 9 a 7. Nos últimos minutos, porém, um sopro de justiça agraciou a relva artificial do Planet Ball Arena e o Time B conseguiu o empate.

Depois do jogo, Silvinha nos esperava para mais um glorioso churrasco que, além de sacramentar a parceria com os países da América do Sul, comemorou a chegada aos 40 anos do volante Lula e
também a presença de familiares de Carlos Bock, que viajaram 500km desde Ijuí somente para conhecer o Amigos do Caroço e pedir o autógrafo de nosso craque Filipelli.

Olhando assim até parece movimentado o nosso joguinho né?

L a n c e   I n a c r e d i t á v e l
Cristiano dominou, de frente para gol, e conseguiu acertar quase no telhado do Planet Ball. Inacreditável para um jogador com o seu potencial.

L a n c e   D e m a i s
O gol de Rodrigão, de bico, ao estilo Damião, acertando o ângulo da goleira adversária.
 
P e r f o r m a n c e s
  
Time A
Codevilla - O goleiro voltou de férias com novo visual, nova camiseta e uma garrafinha suspeita a tiracolo, mas mostrou a qualidade de sempre. Sentiu um pouco a falta de ritmo de jogo, mas foi eficiente e não teve culpa nos gols.
Fábio - Uma grande partida. Foi decisivo para o time. Deslocou-se pelo ataque para dar opções aos companheiros. Oportunista, aproveitou bem as chances e fez quatro gols, que proporcionaram a virada.
Carlos - Era um dos melhores da partida, mas novamente perdeu chances na frente do goleiro. No finalzinho, em uma bola dividida, sofreu uma entrada desproporcional de Marcelo e saiu do jogo com um hematoma de grau 2 na canela esquerda. É dúvida para os próximos jogos.
PC - Outra boa atuação, com vantagem nas jogadas em velocidade. Também foi bem na saída de jogo, mas no finalzinho perdeu uma bola para Santos, que resultou no gol de empate.
Filippelli - Começou na frente, com movimentação constante e fez o primeiro gol do time. Depois, ficou mais na marcação e na armação de jogadas.
Rodrigão - Surpreendeu com algumas jogadas de qualidade e oportunismo. Marcou um belo gol acertando o ângulo do adversário.

Time B
Lula - O (agora quarentão) volante já mostrou os benefícios da nova idade. Jogou com mais visão, dosando bem as energias e usando bem os atalhos da quadra. Foi bem como goleiro e na saída de bola, com boas assistências para gols. E marcou duas vezes.
Marcelo - Ficou mais na marcação, mas chegou a frente para concluir, com bom aproveitamento. Porém, no final, entrou de carrinho em uma dividida e quase provocou uma lesão séria em Carlos (e também em si mesmo).
Marcelo Leites - O uruguaio, que testemunhou a vitória colorada no Beira-Rio, na noite anterior, era dúvida antes da partida, mas jogou à base de medicamentos e não fez feio. Ficou mais pelas laterais e revezou bastante, para poupar fôlego. No último lance, perdeu o gol que poderia ter dado a vitória ao time.
Cristiano - O atacante goleador não estava em uma noite proveitosa, mas jogou descontado por causa de uma gripe. Teve boas chances de concluir e acabou chutando sem direção. Porém, deixou o seu e contribuiu para o empate.
Santos - Um dos melhores do time. Como goleiro, evitou pelo menos duas chances ao salvar na frente do atacante. Depois, foi decisivo ao roubar a bola de PC e concluir com categoria para empatar o jogo.
Gilson - Motivado, foi um dos destaques na marcação e quase não perdeu disputas de bola. Também movimentou-se o campo todo e teve melhor aproveitamento nos arremates, marcando duas vezes.
Elio - Uma partida sem muito brilho. Fez um gol com um chute no canto e depois limitou-se a passes laterais. Ficou um bom tempo fora de quadra, anotando os gols da partida.

No sentido horário: acompanhado de familiares após o jogo, Carlos dá início ao processo de denúncia legal de Marcelo pela lesão em sua canela; Em claro estado de choque, Lula não pára de fazer referência aos "quarentinha" recentemente completados; Macacada reunida na Silvinha; Codevilla e Marcelo Leites (a)provam o chocolatinho colorado.

Texto: Elio / Fotos: Marcelo

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Jogo 17/08/11

Placar: Time A 10 x 9 Time B
 Time A: Marcelo (4), Lula (1), Fábio (1), Filippelli (1), Rodrigão (2) e Gilson (contra, 1)



 Time B: Gilson (3), Elio (2), PC (2), Paco (1), Antônio (1) e Santos

Como foi o jogo
A vida do Caroço foi pautada, esta semana, por goleiros que não jogaram. De um lado, Victor, do Grêmio, que não joga nada há muito tempo e acabou perdendo lugar na seleção brasileira. De outro, Codevilla, o lendário goleiro titular do Caroço que, abalado pela ameaça de fechamento e/ou transformação da rádio Ipanema, tirou uns dias de férias e se foi passear com a esposa, deixando uma lacuna no gramado da Cristiano Fischer.

Victor acusou o golpe de ter ficado fora da lista de Mano. Abalado, o frangueiro goleiro enviou seu empresário para fazer contatos preliminares com a diretoria do Caroço. Há quem diga que Celso Juarez acredita que um estágio de Victor no Caroço, sob os auspícios do nosso carismático radialista, poderia reestabelecer a confiança do atleta.

Mas a volta de Codevilla está ameaçada. O ex-atleta, que nunca escondeu sua identificação com os hermanos do Rio da Prata, foi flagrado esta semana conversando com dirigentes do Boca Juniors.

Também ignorados por Mano Menezes, os Carocinhos se reuniram na tradicional quinta-feira para mais uma pelada. Jogo interessante. Apesar da aparente desmotivação geral, o ritmo da partida foi intenso. Não havia garra, mas havia movimentação e alguma correria. 

O time B abriu quatro gols no início da partida. Um fato desta natureza marca a dinâmica de todo resto da partida. O time A correu atrás o tempo todo, deixando a diferença em um gol pouco antes da metade do jogo. A virada veio nos minutos finais, na base do desespero da pressão.

Para muitos, o empate teria sido um resultado mais justo. Mas não há justiça no gramado sintético do Planet Ball Arena, um lugar onde os fracos e vegetarianos não têm vez.


L a n c e (s)   D e m a i s
Os gols de Elio (por cobertura), Marcelo (chute forte, de longe) e Lula (balaço no ângulo sacramentando a virada)

L a n c e (s)   I n a c r e d i t á v e i s
Antônio, Paco e Fábio que, em momentos distintos, foram literalmente derrubados pela bola

P e r f o r m a n c e s
Time A
Marcelo - Decidiu o jogo a favor de sua equipe, com pelo menos três gols no final. Além disso, quando o placar estava adverso, desestabilizou psicologicamente o capitão do time adversário e soube tirar proveito da manobra.
Lula - Está entrando no inferno astral (proximidade do aniversário) e teve dificuldades na primeira metade do jogo. Quando foi para o gol, fez grandes defesas. No final, fez um golaço que garantiu a vitória.
Filippelli - Jogou melhor do que na semana passada, com mais movimentação e acerto nos passes. Porém, chegou pouco ao ataque. Como goleiro, salvou pelo menos dois gols certos.
Fábio - Correu muito pelo ataque e levou vantagem na maioria dos lances. Foi importante para puxar o contra-ataque da equipe. Só pecou nas conclusões à frente do goleiro.
Rodrigão - Outro que melhorou em relação ao jogo anterior. Foi mais eficiente na marcação e fez dois gols. Um deles, na sua jogada característica pela ponta.

Time B
Antônio - O atacante ficou preso à marcação de Marcelo e teve poucos espaços para bater a gol. Quando conseguiu, não acertou a pontaria. Voltou mais vezes para ajudar a zaga.
Santos - Combativo na marcação, ganhou várias divididas e saiu rápido para o ataque. Porém, foi destaque como goleiro, com defesas de muita plasticidade.
Paco - Está na disputa com Marcelo pelo "troféu milhagem" e voltou depois de semanas de ausência. Pela falta de ritmo, jogou bem, mas no final sentiu a longa (inativ)idade.
PC - Foi um dos destaques do time, tanto no gol quanto na linha. Apesar de usar a velocidade habitual e ter sido eficiente nos passes e nos chutes, seus dribles começam a ficar manjados pelos marcadores. Quando ficou de fora, o time decaiu.
Gilson - O "Homem Bom" é um marcador incansável e não dá trégua ao adversário. Com pulmão de sobra, ainda chegou à frente e foi o goleador da equipe, mas perdeu chances claras de garantir a vitória.
Elio - Uma jornada para esquecer. Fez dois gols e algumas defesas como goleiro, mas caiu na armadilha psicológica de Marcelo e acabou prejudicando sua própria equipe, irritando os companheiros.

Textos: Elio (cotações e outros) & Marcelo (resenha) / Fotos: Marcelo

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Jogo 10/08/11

Time A 11 x 15 Time B
Stop! Verdade seja dita: o jogo desta semana dos Amigos do Caroço aconteceu numa quarta-feira (e não na já consagrada quinta-feira) porque alguns atletas, liderados pelo presidente Elio Bandeira, priorizaram o show do Erasure na capital. Isso mesmo: mudaram o dia do jogo porque caía no dia do show da dupla inglesa. Fim da picada.

Além deste dado lamentável, que arranha imagem máscula do grupo e revela, finalmente, quem é quem neste balaio de gatos, o jogo de ontem trouxe consigo um expediente que há muito não se via nas plagas da Cristiano Fischer: o chororô do time perdedor.

Os times foram divididos de acordo com o critério de sempre (o curso da migração de patos selvagens canadenses), mas não há como negar que ficaram deseliquilibrados. Estranhamente, o time B mostrou mais toque de bola e as estrelas do time A, por sua vez, não conseguiram dar à equipe a mesma mobilidade e efetividade que se esperava.

O que se viu foi um jogo desparelho, no qual uma equipe encontrava facilidade para triangulações e a outra encontrava.... a trave. Pois é... além do time não conseguir "encaixar", os gols perdidos inacreditáveis não foram poucos.

Diante de tudo isso, só nos restou fazer eco à mais uma das inesquecíveis reflexões do clone do maior filósofo de barranco do futebol brasileiro (@adenor_tite): "A surpreendência da vida vem de encontro ao inesperado, inimaginável e ao surpreendável que nos ocorrem".

Palavras sábias que nos remetem à bucólica cena dos atletas do time perderdor, após o jogo, reclamando de tudo e de todos, culpando os astros, os patos selvagens canadenses e os colegas menos iluminados pelo placar desfavorável. Para eles, Adenor também tem uma mensagem de consolo:

"O maior medo é amedrontar-se com o medo de ter coragem, pois só há merecimento quando há comprometimento nas jogâncias da vida."

Ô loko. Essa tem que emoldurar.

Escalações e gols


Time A: Codevilla, Elio, Carlos (3), Filippelli, (2), Lula (4) e Rodrigão (2)


Time B: Marcelo (5), Bernardo (4), Fábio (2), Santos (2), Igor Goiano (1) e (mais um contra de Filippelli)

Lance Inacreditável
O gol de direita de Igor G., que só usa essa perna para acelerar o carro

Lance Demmmaaaais
O belo gol de cobertura de Marcelo, com categoria.

Atuações

Time A
Carlos - Foi o melhor do time, com três gols e boa movimentação. Criou várias chances, mas teve azar na conclusão. E os gols fizeram falta.
Lula - Mais uma partida de muito aguerrimento. Porém, sofre da síndrome de "bolsa de valores", ou seja, oscila da euforia para a irritação rapidamente.
Codevilla - Lesionado, o lendário goleiro entrou em campo com pouca motivação e ela foi se esvaindo ao longo da partida. Não teve forças nem para reclamar da falta de marcação.
Rodrigão - Muito esforço, mas pouco resultado. Deu alguns passes arriscados e armou contra-ataques para os adversários. Também pecou na marcação, mas compensou marcando dois gols.
Filippelli - Abalado pelo acidente envolvendo seu carro de luxo, não teve cabeça para jogar. Além de fazer um gol contra, praticamente caminhou na quadra e só melhorou quando todos estavam cansados.
Elio - Parece que guardou as energias para o show do Erasure nessa semana. Movimentou-se pouco, mas ajudou na marcação e acertou mais passes do que errou.

Time B
Fábio - Vem recuperando a forma. Muita movimentação e jogadas pela ponta-direita, que é o seu forte. Também atuou bem como goleiro.
Igor Goiano - Foi uma revelação no gol e ainda marcou gol com a perna direita ("a perna ruim"). Chegou acompanhado e visivelmente se poupou durante a partida.
Bernardo - Outro que teve destaque no gol, com várias defesas. Usou pouco seu chute forte, mas foi rápido na saída de bola e troca de passes.
Marcelo - Foi o melhor do time, comandando a reação que resultou na virada do placar. Jogou do meio para frente e ali conhece os atalhos como poucos.
Santos - Muito pulmão para ajudar no combate. Entrou de sola em um lance, mas marcou com lealdade. Quando teve espaço, chegou à frente e marcou dois gols.

Soft drinks: gurizada simulando com latinhas a falta que gerou o segundo gol do Independiente sobre o Campeão de Tudo, no jogo de ida da Recopa Sul-Americana.

Texto: Marcelo (resenha do jogo) e Elio (cotações e outros) / Fotos: Marcelo

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Jogo 04/08/11

Time A (Amebas) 8 x 7 Time B (Boca-abertas)

O que é ruim pode ficar ainda pior. Sempre. Não tenham dúvida disso. Mais uma prova incontestável deste axioma foi apresentada ao mundo na gelada noite desta quinta-feira no Planet Ball Arena: os Amigos do Caroço protagonizaram uma das piores partidas de futebol de que já se teve notícia neste hemisfério. Foi triste, constrangedor e... patético. Tudo ao mesmo tempo.

Alguns culparam o frio, que adia o aquecimento apropriado dos músculos e juntas já desgastadas destes infelizes teimosos. Outros atribuíram a baixa qualidade do futebol ao clima tenso e de transição que vivem seus times do coração.

Por estes e outros tantos motivos, o herói da noite não estava no Planet Ball. Dali não poderia ter saído nada de bom numa jornada que todos já fazem questão de esquecer. O herói do 4 de agosto é o verdadeiro imortal do futebol gaúcho: Celso Juarez Roth.


Talvez uma das gandes lições desta noite tenebrosa foi a de que há um Celso Juarez em cada um de nós.

(Pausa dramática)

Celso Juarez é o verdadeiro imortal. Não somos nós, que, a cada quinta-feira, insistimos em nos fardar e entrar em campo, ignorando as chacotas dos colegas de trabalho, o olhar de pena de nossas mulheres e a indiferença de nossos filhos diante do inevitável constrangimento. Celso, ele sim, é o imortal, o verdadeiro herói destas plagas.

Mas, talvez, haja algo mais, algo além de toda esta mediocridade. Assim como um dos pseudo-heróis do Caroço, o glorioso Filippelli, torcedor dedicado e que, mesmo nas noites frias, vai ao estádio ver seu time entregar resultados, cair na tabela e ver o fantasma do rebaixamento se aproximar, todos os (ex)atletas do Caroço carregam um Celso Juarez dentro de si.
Temos aquela chama inextinguível de esperança que cochicha em nossos ouvidos dizendo que sempre vale a pena entrar em campo, pois aquele pode ser o dia da redenção, da glória e da consagração.

De tanto insistir, a vida sorriu para Celso Juarez na noite de 18 de agosto de 2010 e, sejamos francos, ela dificilmente voltará a sorrir da mesma forma. A graça alcançada chama-se Libertadores da América. Com ela embaixo do braço, Celso Juarez não só engrossa seu currículo, como negocia valores mais agudos para seus contratos.

A noite de uma das piores partidas de futebol dos Amigos do Caroço aconteceu no dia em que Celso Juarez voltou a fazer com que a diminuta torcida tricolor enxergasse nele a salvação. E é triste (para qualquer agremiação) o dia em que a esperança se resume a repetição de velhas rezas e mandingas. Celso Juarez, por fim, tornou-se um amuleto para os desesperados.

E o jogo do Caroço? A rigor, sobre o jogo de ontem há muito pouco o que se dizer acerca de técnica, dinâmica, ziriguidum, telecoteco, ânimo ou algum lance de destaque.

Fomos deprimentes, não jogamos nada, nos movimentamos como amebas com reumatismo e, ainda por cima, não fomos capazes de reconhecer nenhuma destas ridículas realidades durante o jogo a fim de poder mudá-las a tempo. O Time A ganhou de virada do Time B. Mas e daí? Foi uma merda de jogo e o que realmente importou foi o churrasco depois.

Semana que vem tem mais, é claro. É óbvio! Quem sabe não vai ser este o dia da consagração, da glória e da redenção de todos nós?

Escalações e gols

Time A (de "amebas"), com Marcelo (2), Lula (2), Cristiano (1), Fábio (1) e Elio (2)

Time B (de "boca aberta"), que teve o Fillippeli Juarez (2), Rodrigão (1), Igor Juarez Goiano (1), Carlos Juarez (2), Codevilla e Santos (o outro gol foi contra, de Lula)

Lance Demmmaaaais
Rodrigão, que cabeceou, mas Marcelo tirou em cima da linha. No rebote, o grandalhão bateu, mas Marcelo fez outra defesa milagrosa

Lance Inacreditável
Revelando a bisonhice que foi a partida, em uma bola que sobrou no meio, Elio foi passar para Cristiano e acabou acertando seu próprio companheiro Marcelo, que vinha em sua direção

Performances

Time A (Amebas)

Lula - Não devia nem ter vindo. Francamente. Pra se ter uma ideia do descaso, nem tirou o abrigo para jogar.
Marcelo - Metade do jogo já tinha passado e ele dizia que não iria arriscar nenhuma corrida mais forte ou jogada mais ousada porque ainda estava aquecendo. Sem noção.
Cristiano - Não trouxe a cachacinha (Decisão) e já se queimou. Em campo, mais um vulto do que outrora foi com a bola nos pés. Fim de carreira, amigo.
Fábio - Em terra de cego, quem tem um olho é rei. Foi o único que tentou algumas jogadas pela ponta, às vezes com sucesso, às vezes sem critério.
Elio - O momento em que se movimentou mais foi quando parou para tirar a foto com o time. Está com a cabeça no show do Erasure semana que vem.

Time B (Boca-Abertas)

Codevilla - Umas defesas aqui e ali, fechando bem o ângulo, mas também foi contagiado pela letargia coletiva.
Fillippeli Juarez - Movido pela raiva e pelo amor a Celso Juarez, o lépido atacante pouco mostrou em campo. Após o jogo, Paulo Pelaipe enviou recado dizendo que quer ve-lo encostar a bundinha no gramado semana que vem.
Rodrigo - Corpo presente, cabeça ausente. Movimentou-se como um mosquito de uma asa só e sucumbiu ao torpor que pairava sobre a quadra.
Igor Juarez Goiano - Escolheu duas faixas do campo para jogar e dali tentava conduzir algumas jogadas. Bem na cobertura, principalmente porque, na maioria das vezes, não havia nada a ser coberto.
Carlos Juarez - Talvez aí estivesse a única faísca criativa desta noite tão triste para o futebol. Mas esta tese caiu por terra quando o jogo acabou, pois seu time perdeu. Se tivesse jogado tudo aquilo, teria ganho.
Santos - Aquele homem de boa fé, dedicado advogado, amigo fiel e sucesso com as mulheres... ficou em casa e mandou o avatar.

E a campanha de ontem no Twitter pedindo #FICAFILIPPELLI foi um sucesso!!!
O Filippeli ficou! Que homem bom!

Texto e fotos: Marcelo

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Jogo 28/07/11

Placar: Time A 7 x 6 Time B

Escalações e gols

Time A: Antônio (3), PC, Gilson (1), Codevilla, Marcelo (2) e Santos (1)

Time B: Fabio (1), Rodrigo, Carlos (3), Lula (2), Elio e Filipelli

Como foi o jogo
"Em time que está ganhando, não se mexe", diz a máxima do futebol. Nesta semana, a lendária frase acabou sendo aplicada de duas formas diferentes à nossa pelada.

Em primeiro lugar, porque quando há seis boleiros por equipe, o rodízio de jogadores é obrigatório e, muitas vezes, nem sempre benéfica.

Na outra, pelo fato de que, pela terceira semana seguida sem a intervenção do Presidente Elio na escolha das equipes, o equilíbrio e a emoção se mantiveram até o final do jogo.
Parao bem do futebol e da amizade, o quórum máximo de boleiros foi atingido. Já é sabido que, para um grupo esforçado como o nosso, em que a idade (e o peso) vão cobrando seu preço, para alguns, é fundamental ter alguém do lado de fora para que se possa dizer, esbaforido: "Entra que eu tô morto."

No decorrer da partida, o jogo esteve sempre bem encaminhado para o Time B, que contava com boas participações de Carlos, Lula e Filippelli. A equipe abriu uma boa vantagem no marcador e chegou a um placar de 5 a 2 sem fazer muito esforço.

Só que as mudanças (obrigatórias) promovidas pelas equipes tiveram impacto negativo justamente para quem vencia. Carlos e Lula tiveram que ficar de fora por alguns minutos e isso foi determinante para a mudança no placar.

A persistência e a garra do Time A deram resultado. A virada veio num lance que parecia sem perigo, em que a bola voltou para a área justamente no pé de Gilson que não perdoou.

Faltava pouquíssimo tempo e Fábio, que recém havia levado o gol, disse: "Deixa que eu vou empatar". E ele fez justamente isso, assinalando o gol mais bonito da noite. Recebeu na frente da área, esperou Codevilla se atirar e, com um drible, tirou o goleiro da jogada e colocou para o gol.

Estaria decretado o terceiro empate seguido? Quase. Foi só a bola sair novamente, que o time de coletes puxou um ataque, que culminou com o chute forte de Marcelo, garantindo a vitória, muito comemorada pelos seus asseclas. "Vitória da garra", gritavam os mais exaltados.

Jogos assim, bem disputados, movimentados e decididos só no final é que tornam as nossas disputas ainda mais valorizadas e lembradas.

A Silvinha ardeu para os boleiros depois do jogo, contando, inclusive com o boleiro emérito Polenta.

Gilson, o Homem Bom, apresenta o doce e a bebida preferidos dos boleiros do Caroço, além do agrião, que ganha força entre os atletas de colesterol alto

Mais uma vez, Silvinha (escondida, ao fundo), deixou todos à vontade para algumas horas de conversa e churrasco de qualidade, inclusive coma presença do "noivo do ano" Polenta

Lance Demmmaaaiis
O gol de Fábio, que recebeu pelo meio e deu um drible desconcertante no goleiro, empatando o jogo quase no finalzinho

Lance Inacreditável
Marcelo e PC entraram livres, contra apenas o goleiro. Marcelo tocou para PC que, com o goleiro já deitado, se atrapalhou e deixou a bola sair

Atuações

OBS: A partir da próxima semana, o Amigos do Caroço vai escolher o boleiro da semana. Aguarde!!!

Time A
Codevilla - Suas grandes atuações já atraíram a atenção de representantes de clubes europeus, que pediram à direção do Caroço um DVD com suas melhores defesas. Vive grande fase, em todos os segmentos. Evitou a derrota e ainda teve qualidade para sair jogando.
PC - Atuação segura, com marcação na saída de bola adversária e jogadas em velocidade pelas pontas. Não teve bom aproveitamento nas conclusões e perdeu um gol incrível.
Marcelo - Depois de mais uma viagem, o "Sr. Milhagem" do Caroço teve um começo claudicante, mas depois que orientou a equipe a chutar mais a gol, mostrou o quanto à decisivo ao marcar o gol que garantiu a vitória no último lance da partida.
Antônio - Desta vez, não ficou plantado na área esperando a bola e se movimentou mais. Com isso, se futebol ressurgiu e ele foi um dos goleadores da noite, com três gols.
Santos - A segurança habitual na zaga. Perdeu poucos lances na disputa com os atacantes. Porém, subiu pouco ao ataque. Fez um gol com a colaboração do goleiro adversário.
Gilson - Boa partida. Movimentação intensa, o tempo todo. O Homem Bom marcou, chutou, driblou e bloqueou os chutes adversários. Tudo junto, mas não ao mesmo tempo.

Time B
Carlos - Com seu futebol fleumático, que lembra os grandes meio-campistas canhotos como Pita e Gérson, foi o melhor da equipe. Ajudou a marcar e foi o atacante mais perigoso. Porém, só conseguiu marcar quando ficou livre, próximo do gol.
Lula - Também foi um dos destaques da noite, com saída de bola perfeita e tabelas com os companheiros. Quase não perdeu disputas de bola. Marcou dois gols, só que depois não conseguiu mais liberdade para chutar.
Filippelli - Jogou bem, mas a cotação teria sido melhor caso não tivesse errado tantos passes (coisa rara). Foi importante na organização das jogadas, ajudou a marcar, mas chegou pouco à frente para concluir.
Rodrigão - Foi muito bem nas roubadas de bola e várias vezes puxou o contra-ataque da equipe. Não fez gol e perdeu boas oportunidades. Como goleiro, não teve boa atuação.
Fábio - Uma partida bem superior à das últimas semanas. Chegou com rapidez ao ataque e também atuou com eficiência na marcação e como goleiro. Tentou alguns gols por cobertura, sem sucesso. No final, fez um golaço que teria dado o empate para sua equipe.
Elio - Em vias de encerrar a carreira, o Presidente a cada jogo vai mostrando cada vez menos do futebol que o consagrou. Até está falando mesmo em campo. Desta vez, deu algumas boas assistências e só. Acertou uma bola na trave e deu o último do jogo, para defesa do goleiro.

Texto: Elio / Fotos: Marcelo