Time A 14 x 9 Time B
Série B: PC (2), Paco (3), Filippeli (2), Rodrigão (2), Elio e Codevilla
Na noite de quinta-feira, 20 de outubro, nas imediações do complexo esportivo da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, mais precisamente em frente ao estabelecimento Planet Ball, localizado na avenida Cristiano Fischer, nesta capital, uma carreta desembestada atropelou um grupo de atletas que vinha atravessando a via expressa. Testemunhas afirmam que o líder dos atletas abandonou a cena do acidente antes da chegada do socorro.
Brincadeiras à parte, a paródia de notícia policial acima serve como boa ilustração para o que aconteceu, na noite de ontem, entre as quatro linhas das quadra mais disputada de Porto Alegre. O time A atropleou o time B.
Divididos em duas equipes [teoricamente] equilibradas, os Carocinhos partiram para mais uma pelada semanal dispostos a reverter o quadro de desequilíbrio absurdo testemunhado no jogo da semana passada.
Divididos em duas equipes [teoricamente] equilibradas, os Carocinhos partiram para mais uma pelada semanal dispostos a reverter o quadro de desequilíbrio absurdo testemunhado no jogo da semana passada.
E, de fato, os primeiros minutos apontavam para um quadro diferente do fiasco da escalação dos times na semana anterior. Afinal, se, de um lado, o time A tinha jogadores de boa articulação, como Lula e Marcelo, do outro lado também havia (Paco, Filippeli).
Ademais, os dois sistemas defensivos eram [teoricamente] sólidos. PC e Rodrigão de um lado, Gilson e Santos do outro. Registre-se aqui que o presidente Elio, mentor das escalações dos times, não teve responsabilidade direta nos acontecimentos desta semana e nem da partida anterior. No papel, as equipes se equivaliam em técnica e limitações.
Ademais, os dois sistemas defensivos eram [teoricamente] sólidos. PC e Rodrigão de um lado, Gilson e Santos do outro. Registre-se aqui que o presidente Elio, mentor das escalações dos times, não teve responsabilidade direta nos acontecimentos desta semana e nem da partida anterior. No papel, as equipes se equivaliam em técnica e limitações.
A bola foi rolando, os times foram se estudando e a andorinha acabou comendo alpiste. Lá pelas tantas, o time A encaixou e o time B não soube mais encontrar soluções. Como se não bastasse a dificuldade em encontrar alternativas, o time B ainda deparou-se com aquela velha entidade que paira na quadra do Planet Ball de vez em quando. A "Dona Zica", como é popularmente conhecida, parecia querer impedir, a qualquer custo os tentos da equipe de coletes amarelos. Foram inúmeras bolas na trave, chutes perdidos errados na cara do gol e defesas milagrosas protagonizadas por atletas que sequer dispõem das habilidades mínimas necessárias para jogar sob os arcos.
De um lado, os gols entravam de tdos os jeitos. De outro, entravam de jeito nenhum. Resultado: antes mesmo da metade da peleia, a goleada já estava cravada no placar. A carreta desembestada, o Esquadrão Classe A, trocava passes e encaixava jogadas com facilidade espantosa. A turma do outro lado, num futebol digno de série B, tentava, em vão romper as barreiras sobrenaturais que separavam a bola do fundo das redes do adversário.
Para surpresa de todos, cansado de levar gols, o timoneiro espiritual do time B, o goleiro Codevilla, decidiu abandonar a partida cerca de 20 minutos antes do final. O fato, no entanto, não modificou a dinâmica da partida, posto que a colisão e o atropelamento já haviam acontecido. Assediado pelos repórteres na saída de campo, o goleiro atribuiu o placar elástico imposto pelo adversário às cinzas do vulcão chileno.
L a n c e D e m a i s
Rodrigão estava no gol quando roubou a bola de Marcelo, avançou e da intermediária mandou um balaço de longe, estufando a rede
L a n c e I n a c r e d i t á v e l
Novamente, outra jogada que não tem explicação científica plausível: PC desviou do goleiro, mas a bola caprichosamente bateu nas duas traves e não entrou.
A t u a ç õ e s
Time A
Fábio - Matreiro, o artilheiro silencioso fez mais uma partida em que fez brilhar seu lado oportunista. Na frente do goleiro, quase não desperdiçou chances e ainda movimentou-se bem.
Gilson - O velho homem bom voltou! Ocupou o lado esquerdo do campo e usou a velocidade para fazer tabelas. A ainda foi muito bem como goleiro.
Marcelo - Outra atuação irrepreensível. Levou vantagem em quase todos os lances e ainda foi eficiente na marcação. Fez mais um de seus clássicos gols de letra, que dedicou ao povo Líbio.
Santos - A marcação continua seu forte. Ganhou boa parte das disputas e no gol não decepcionou. Faltou conclusões ao gol adversário, mas esta é uma carta que ficou guardada para a semana que vem.
Lula - Desta vez, não marcou tanto, mas foi fundamental para a vitória. Com boa atuação no gol e na transição do meio para o ataque, Lula conseguiu deixar a preocupação com o futuro casamento de lado e desempenhou um bom papel na equipe.
Time B
Codevilla - Para espanto geral, o Barão abandonou o time com pouco mais de 30 minutos de jogo, alegando que não tinha condições. Porém, como anteveu o desnível das equipes, nitidamente se poupou e não rendeu o esperado. Também não trouxe a variedade de folhosas para a salada que tinha prometido. Lamentável.
PC - Dedicado na marcação, usou bem as ultrapassagens em velocidade. Afobou-se na hora de concluir e perdeu gols incríveis. Lutou como sempre, mas perdeu.
Rodrigão - Começou marcando um gol, mas depois se atrapalhou em algumas saídas de bola. Quando o técnico pensava em substituí-lo, foi para o gol e teve bom desempenho, contando com a ajuda da trave. Fez um golaço no final do jogo.
Filippelli - Tentou se movimentar, mas como estava bem marcado, teve pouco sucesso. O discípulo de Celso Juarez foi bem nas assistências, desfilou seu futebol refinado, mas tropeçou no final da passarela e acabou não mudando o resultado do jogo.
Paco - O homem que ressurgiu das cinzas do vulcão, após viajar, de ônibus, mais de 16 horas devido a um cancelamento de vôo, jogou um pouco lento, mas foi o responsável pela organização das jogadas. Prefiriu os passes laterais aos chutes a gol. Depois, mais atrás, seu futebol melhorou.
Elio - Tentou correr mais do que o habitual e até ganhou algumas disputas com os adversários. Esteve, em geral, "dentro do jogo", o que já é uma evolução digna de aplausos. Porém, foi mal nas conclusões e, assim como Lula, passou o jogo em branco.
Texto: Marcelo (jogo + cotações) e Elio (cotações + lances) / Fotos: Marcelo
De um lado, os gols entravam de tdos os jeitos. De outro, entravam de jeito nenhum. Resultado: antes mesmo da metade da peleia, a goleada já estava cravada no placar. A carreta desembestada, o Esquadrão Classe A, trocava passes e encaixava jogadas com facilidade espantosa. A turma do outro lado, num futebol digno de série B, tentava, em vão romper as barreiras sobrenaturais que separavam a bola do fundo das redes do adversário.
Para surpresa de todos, cansado de levar gols, o timoneiro espiritual do time B, o goleiro Codevilla, decidiu abandonar a partida cerca de 20 minutos antes do final. O fato, no entanto, não modificou a dinâmica da partida, posto que a colisão e o atropelamento já haviam acontecido. Assediado pelos repórteres na saída de campo, o goleiro atribuiu o placar elástico imposto pelo adversário às cinzas do vulcão chileno.
L a n c e D e m a i s
Rodrigão estava no gol quando roubou a bola de Marcelo, avançou e da intermediária mandou um balaço de longe, estufando a rede
L a n c e I n a c r e d i t á v e l
Novamente, outra jogada que não tem explicação científica plausível: PC desviou do goleiro, mas a bola caprichosamente bateu nas duas traves e não entrou.
A t u a ç õ e s
Time A
Fábio - Matreiro, o artilheiro silencioso fez mais uma partida em que fez brilhar seu lado oportunista. Na frente do goleiro, quase não desperdiçou chances e ainda movimentou-se bem.
Gilson - O velho homem bom voltou! Ocupou o lado esquerdo do campo e usou a velocidade para fazer tabelas. A ainda foi muito bem como goleiro.
Marcelo - Outra atuação irrepreensível. Levou vantagem em quase todos os lances e ainda foi eficiente na marcação. Fez mais um de seus clássicos gols de letra, que dedicou ao povo Líbio.
Santos - A marcação continua seu forte. Ganhou boa parte das disputas e no gol não decepcionou. Faltou conclusões ao gol adversário, mas esta é uma carta que ficou guardada para a semana que vem.
Lula - Desta vez, não marcou tanto, mas foi fundamental para a vitória. Com boa atuação no gol e na transição do meio para o ataque, Lula conseguiu deixar a preocupação com o futuro casamento de lado e desempenhou um bom papel na equipe.
Time B
Codevilla - Para espanto geral, o Barão abandonou o time com pouco mais de 30 minutos de jogo, alegando que não tinha condições. Porém, como anteveu o desnível das equipes, nitidamente se poupou e não rendeu o esperado. Também não trouxe a variedade de folhosas para a salada que tinha prometido. Lamentável.
PC - Dedicado na marcação, usou bem as ultrapassagens em velocidade. Afobou-se na hora de concluir e perdeu gols incríveis. Lutou como sempre, mas perdeu.
Rodrigão - Começou marcando um gol, mas depois se atrapalhou em algumas saídas de bola. Quando o técnico pensava em substituí-lo, foi para o gol e teve bom desempenho, contando com a ajuda da trave. Fez um golaço no final do jogo.
Filippelli - Tentou se movimentar, mas como estava bem marcado, teve pouco sucesso. O discípulo de Celso Juarez foi bem nas assistências, desfilou seu futebol refinado, mas tropeçou no final da passarela e acabou não mudando o resultado do jogo.
Paco - O homem que ressurgiu das cinzas do vulcão, após viajar, de ônibus, mais de 16 horas devido a um cancelamento de vôo, jogou um pouco lento, mas foi o responsável pela organização das jogadas. Prefiriu os passes laterais aos chutes a gol. Depois, mais atrás, seu futebol melhorou.
Elio - Tentou correr mais do que o habitual e até ganhou algumas disputas com os adversários. Esteve, em geral, "dentro do jogo", o que já é uma evolução digna de aplausos. Porém, foi mal nas conclusões e, assim como Lula, passou o jogo em branco.
Texto: Marcelo (jogo + cotações) e Elio (cotações + lances) / Fotos: Marcelo


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