Placar: Time A 9 x 15 Time B
Exclusivo!!! Confira como foi o jogo em time-lapse
Escalações e gols
Time B: PC (3), Paco (2), Gilson (3), Fabio (5) e Rodrigão (2)
Time A: Codevilla, Antonio (3), Elio (1), Fetter (1), Marcelo (2) e Lula (2)
Como foi o jogo
Na semana passada, Porto Alegre virou notícia mundial por causa do atropelamento de vários ciclistas que faziam um passeio pela cidade. O fato não só depreciou a imagem da Capital gaúcha perante o mundo, mas também reavivou o eterno debate entre respeito motoristas, ciclistas e pedestres.
"Acreditamos que o futebol é mais que um esporte. É uma ferramenta de expressão de nossa causa de defesa dos Direitos Humanos, é nossa incidência política, criadora de consciência e que sonha com um mundo melhor", afirmou Rodrigão, instantes antes da partida começar.
O manifesto "Massa Crítica", organizado pelos Amigos do Caroço (fotos acima) vêm fazer eco às dezenas de manifestações de defesa dos ciclistas ao redor do país e, também, ao movimento homônimo que serviu de alvo de um motorista ensandecido. "Nossos corpos jogados no gramado sintético aqui, hoje, significam mais do que cansaço e idade. São a voz de todos os que são atropleados de todas as formas nesta vida", destacou o presidente do Caroço, Elio Bandeira.
Em livre associação com o lamentável episódio da José do Patrocínio, podemos dizer, a respeito do jogo de ontem, que o Time B "atropelou" o adversário. Não que o jogo tenha sido completamente desparelho, mas a equipe vencedora atuou como a mesma velocidade que o motorista do Golf preto que ceifou os pacíficos ciclistas.
Logo de início, os boleiros do Time B empreenderam uma correria que pegou desprevenido o adversário. Era bola na trave, o goleiro Codevilla fazendo milagres....e a equipe de coletes abrindo diferença no placar, especialmente pelas boas atuações de PC, Fábio e Gilson.
Em nenhum momento, a vitória foi ameaçada. Apenas quando o Time B começou a jogar com mais raiva o placar ficou mais próximo. A diferença chegou a apenas dois gols, uma efêmera ilusão de igualdade de forças.
"Encaixamos a marcação em forma de cunha canadense e mandamos o Fábio como pescador plantado na banheira deles. Aí foi um abraço", destacou PC.
Definitivamente, a jornada de ontem não era a ideal para os admiradores do futebol cadenciado e de qualidade. Num mundo tão injusto, onde prevalece a lei dos mais forte, mais uma vez, venceu a força, a pressa e a correria, a exemplo do hediondo crime ocorrido na Cidade Baixa.
Lance(s) Demais
Codevilla e suas grandes defesas, que evitaram um massacre
Lance(s) Inacreditável (eis)
Antônio recebeu livre e, na frente do goleiro, quis furar a rede e mandou por cima. E o goleador Fábio, que pegou uma sobra e, com o gol vazio, bateu para fora.
Atuações
Time A
Codevilla - Foi o melhor do time. Fez ótimas defesas, jogou-se aos pés dos atacantes, antecipou jogadas e não teve culpa nos gols, a não ser em um deles, em uma cobrança de escanteio.
Marcelo - Voltou aos gramados do Planet Ball após uma temporada na Europa e sentiu a diferença de temperatura e fuso horário. Correu bastante, mas foi bem marcado.
Fetter - Ainda em ritmo pós-férias, teve atuação mediana. Esforçado, movimentou-se pelo lado direito e fez boas assistências, mas pecou na marcação. Fez um gol.
Lula - A mudança de horário no trabalho também mudou seu humor. Os ombros caídos quando perde um lance são a expressão máxima da ruína daquele que um dia já foi chamado de CC (Cambiasso do Caroço). É a segunda partida que rende abaixo do esperado. Se irritou com os maus desempenhos seu e da equipe.
Antônio - Com um corte de cabelo inusitado, o atacante jogou melhor que das outras vezes. Correu, marcou e ainda foi mais eficiente na frente, mas perdeu um dos gols mais feitos da noite.
Elio - A fase não anda boa, mas pelo menos movimentou-se mais do que o habitual. Ficou como zagueiro e sofreu para marcar o contra-ataque adversário.
Time B
Fábio - Vencedor do troféu Ernest Hemingway, até então ostantado apenas pelo lendário atacante Sorriso, o pescador Fábio vive um grande momento. Foi o goleador da noite, apesar de perder o gol mais feito. Às vezes parece que não vai chegar a tempo, mas aparece em condições de marcar.
PC - Aproveitando sua condição física, foi o responsável pela aceleração do jogo, com uma correria desenfreada sobre os adversários. Teve bom aproveitamento no ataque.
Paco - Retornou, recuperado de lesão e fez uma partida discreta, mas eficiente. Ficou mais na zaga e estava sempre bem postado para colocar o pé e bloquear os chutes do outro time.
Rodrigão - Empolgado com o ritmo da equipe, também entrou na correria e foi bem, mesmo sem muitas chances de marcar. Teve alguma dificuldade no passe.
Gílson - Outro que usou e abusou da correria, com eficiência. Começou mais na marcação e se projetou com rapidez ao ataque, contribuindo com passes e chutes a gol.
Texto: Elio e Marcelo / Fotos: Marcelo / Time-lapse: Codevilla (by iPhone)
Um comentário:
Perdeu DE NOVO, Elio?
Quequéisso?!
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