Escalações e gols
Como foi o jogo
A grande notícia da semana, sem dúvida, foi o resgate dos mineiros no Chile, depois de dois meses vivendo debaixo da terra. Pelo menos duas grandes lições pode ser tirada do episódio: a importância de não desistir nunca e de manter um grupo unido.
Como um time de futebol, os mineiros chilenos se organizaram, delegaram tarefas, foram pacientes e agiram no momento certo. O resultado não poderia ter sido outro: vitória, ou no caso, o renascimento.
No jogo dessa semana do Grupo Amigos do Caroço, essas duas lições estiveram presentes em lados opostos. Enquanto uma equipe valorizou o grupo e a organização, a outra lutou e se debateu contra a dura realidade, mas, sem a delegação correta das tarefas, acabou amargando a derrota.
O Time A era o reflexo do grupo chileno. O esquema era conhecido: Fábio no gol, Amauri na zaga, Carlos e Paco no meio e Antônio na frente. E Rodrigão como peça de reposição. Já no Time B, apenas Codevilla tinha posição certa, como goleiro. Fetter, Elio, Cristiano e Filippelli trocavam de função durante a partida, sem organizar o fluxo.
Apesar de começar na frente, com um gol de Cristiano, o Time B cedeu espaço ao adversário, que abriu uma diferença de 5 a 1. A jogada mais utilizada foi o contra-ataque, que em muitas ocasiões deixou dois atacantes contra o goleiro adversário.
Foi aí que entrou a revolta do Time B contra a situação e a busca de uma saída. Mesmo sem as funções definidas, a equipe acertou o pé e empatou a partida. O Time B tinha sido "resgatado" para a disputa.
O placar seguiu equilibrado até o final. O Time A vencia por 10 a 9 e Elio perdeu a chance do empate, chutando no poste. No minuto final, em novo contra-ataque, Amauri recebeu sozinho e concluiu para o gol, decretando a vitória. O justo resultado premiou quem foi mais organizado.
Lance Jabulani
O atacante Antônio recebeu um cruzamento da esquerda e livre, com o gol escancarado, colocou para fora
Lance Demais
O gol de cabeça de Rodrigão, encobrindo o goleiro Codevilla
Atuações
Time A
Fábio - Retornou ao grupo após um período lesionado e ficou somente no gol, onde fez defesas importantes. Em um lance, machucou a mão, mas isso não impediu que continuasse com o bom nível de atuação.
Rodrigão - Chegou (bem) atrasado, sabendo que o quórum estava garantido. Mesmo assim, não desanimou e teve uma boa participação, ajudando na marcação e chegando ao ataque. Marcou um belo gol de cabeça.
Paco - Consegue unir a organização, a conclusão e a marcação. Foi bem marcado e teve boas disputas com Marcelo, mas serviu os companheiros com boas assistências para a conclusão.
Carlos - Foi o nome do jogo (algo recorrente na carreira). Se ele ajeitar para chutar com a perna esquerda, é meio gol. Teve um ótimo nível de aproveitamento nos petardos e ainda chegou fácil à frente.
Amauri - Mais uma boa partida, mostrando que está recuperado da lesão na coxa. Está sempre no bloqueio aos chutes adversários e ainda encontra espaço para subir ao ataque pelo lado esquerdo. Fez dois gols.
Antônio - O atacante se esforçou e conseguiu jogar melhor do que na semana anterior. Fez tabelas, voltou para fechar os espaços e ainda deu trabalho à zaga adversária.
Time B
Codevilla - Sem culpa nenhuma nos gols, porque muitas vezes ficou sozinho contra dois atacantes. Ainda tentou motivar a equipe saindo com a bola dominada. Fez duas grades defesas em chutes à queima-roupa.
Marcelo - O jogador mais passional do grupo mais uma vez se esforçou ao máximo, mas não conseguiu evitar a derrota. Bem marcado, teve azar em algumas conclusões e fez um duelo aguerrido com Paco. Marcou três vezes.
Cristiano - O habilidoso atacante não conseguiu repetir partidas anteriores. Começou mais atrás e optou pelo toque de bola, ao invés de apostar no seu forte, que é o chute a gol. Mesmo assim, foi um dos goleadores do time, com três.
Fetter - O famoso comunicador chegou cedo e saiu cedo da quadra, sentindo uma lesão no tornozelo, mas apresentou um bom futebol. Enquanto esteve em campo, trocou bons passes e movimentou-se bastante, mas ficou em
dúvida se ficava na defesa ou guardava lugar no ataque.
Filippelli - Está retornando à fase que o consagrou, mas quase perdeu o jogo por causa de uma falha em seu carro importado. Com maior movimentação no gramado sintético, sua técnica apurada se destaca. Marcou bem e organizou o time, mas não teve muito sucesso nas conclusões.
Elio - Ao contrário de outros boleiros, enfrenta uma braba crise técnica. Não consegue acompanhar os atacantes e está errando passes fáceis. Além disso, precisa melhorar as conclusões. Pelo menos, se esforçou para conseguir a vitória, sem sucesso, e amargou a sétima derrota nos últimos oito jogos.
Confira a avaliação do jogo na voz de dois protagonistas:
Nenhum comentário:
Postar um comentário