sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Jogo 10/11/11

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Assim é a vida...

Nosso futebol, em geral,vai diminuindo na mesma intensidade com que nossas camisas vão ficando (cada vez mais) apertadas. Nesta semana, nos reunimos, como há quase dez anos o fazemos, para praticar o esporte bretão na relva artificial do Planet Ball Arena.

Corremos, caminhamos... corremos um pouco mais e já voltamos a caminhar em campo de novo. Ufa. Tropeçamos, pisamos na bola. Entregamos bolas fáceis demais, testemunhamos gols impossíveis - daqueles que só o acaso consegue explicar.

Às vezes, tivemos a sensação de velocidade, numa arrancada em linha reta ou um drible que deu certo. Em outros momentos, a força de vontade para reverter um placar indecente nos camuflou com o fino véu dos heróis de verdade.

Mas a bola rola, castiga e não mente. Não somos heróis. Somos só um bando de amigos que, teimosamente, segue jogando futebol - mesmo depois de ter sido desaconselhado a faze-lo pelo clero, o poder judiciário e nossas famílias.

O jogo desta semana não foi muito diferente do que temos apresentado, em geral, em termos de decadência, mas teve um elemento interessante: o equilíbrio das ruindades e a convicção de que, se estamos todos jogando a mesma bolinha, não é justo perder de goleada. Esta premissa, talvez, explique o resultado final do jogo: 10 x 10.

No papel, o time A era muito bom. Um velocista, um artilheiro carismático, dois armadores competentes e um marcador aguerrido (atenção: os adjetivos são todos fictícios e se referem à impressão que temos de nossas habilidades, e não à real aparência de nossa performance).

O time B, por sua vez, entrou em campo com escalação sólida e que, ao menos no papel, prometia suspresas e variações de esquema. Se não, vejamos: um jogador cerebral pelo meio, um intestinal por fora e dois bons marcadores à frente da defesa. Pelas pontas, um elemento surpresa em noite inspirada.

Time A: Marcelo (5), Antônio (1), Filippelli (2), Santos (1) e PC (1)

Time B: Rodrigão (5), Sandro, Elio, Fábio, Gilson (3), Rodrigão (5) e Lula (2)

Estas fotos aí em cima estão todas erradas. Há que se dizer isso. Depois que tiramos os retratos, os cartolas e empresãrios decidiram mudar as escalações, pois havia boatos de olheiros italianos espiando o jogo. Então, a escalação que vale é a que está na legenda das fotos. Estas pessoas que estão juntas nas fotografias não jogaram juntas, ok? Entendeu? Bom, prossigamos.

A partida em si teve altos e baixos. O fato relevante foi que o time B abriu 4 gols de vantagem, aproveitando uma boa escalação na linha e as bobeadas do outro lado da quadra. Mas a turma do time A resolveu honrar os fios de bigode ou as polegadas a mais na barriga e partiu pra cima, buscando o empate que parecia impossível. Foi um jogo equilibrado, que só poderia mesmo ter terminado empatado. Menos mal.


A t u a ç õ e s i n d i v i d u a i s

Time A
Antônio: o artilheiro das multidões veio com a camisa do Estudiantes de La Plata e ficou parecendo um tubo de Signal Fluor. Em campo, meteu um golzinho só, mas foi importante atraindo marcadores para os lados enquanto os companheiros articulavam jogadas de ataque.
Filippelli: o atleta mais assediado do Caroço F.C. veio a campo para oferecer o melhor e não decepcionou. Com boas articulações pelo meio, domínio de bola consciente e passes precisos, Filippelli justificou o salário milionário e calou os críticos.
Marcelo: atuação regular, mesmo tendo entregue dois gols ao adversário graças a sonoras cagadas com a bola na defesa. Fez cinco gols, inclusive o gol que inaugurou a reação do time: um petardo do meio do campo.
Santos: marcador eficiente, conseguiu deixar de lado as preocupações com os processos e focou sua atenção na partida. Foi um importante elemento na recomposição da zaga e apareceu com frequência pela lateral no ataque.
PC: O cara corre uma maratona por semana e faz biquinho para manter a mesma regularidade nas quadras de futebol. Por conta de uma lesão no púbis, vem atuando somente uma vez por mês. Nesta partida, mostrou o fôlego de sempre, mas está evidente que está sem o ritmo da bola.

Time B:
Rodrigão: uma noite iluminada. Se tivesse antidoping no Caroço, Rodrigo ia cair na malha fina. Acertou quase tudo que tentou e ainda meteu gol de tudo quanto é jeito. Rodrigão foi dimóóóóóóiiiissssscccchhhhh.
Sandro: depois da atuação monumental da semana passada, pairava a suspeita de que o goleiro precisava provar que o reflexo e habilidade não foram fruto de alguma força sobrenatural. Nesta partida, Sandro, infelizmente, teve uma atuação aquém do esperado, o que alimentou a imprensa marrom que já ameaça pedir quebra do sigilo telefônico do goleiro.
Elio: há algo de errado com nosso presidente em campo. Há semanas, não consegue encaixar seu jogo. Teima em ignorar o conselho de que sua faixa de campo é ali, no meio da quadra. Ao sair perambulando em outras zonas, acaba perdendo o fôlego muito cedo e comprometendo a performance.
Fábio: nunca antes na história do Caroço, Fábio jogou tão bem na zaga quanto nesta rodada. Seguro, antecipando-se nas jogadas, foi responsável direto pela estabilidade da cozinha do time B.
Gilson: o Homem Bom aplicou-se na partida como um animal em busca da caça. Correu o campo todo, marcou adversários, marcou gols e marcou um churrasco pra semana que vem. Que homem bom!
Lula: o Zidane do Caroço segue no expediente de todo jogador que chega de chuteira nova: balaca. No mais, foi muito bem na armação de jogadas. A mira não estava calibrada para chutes de longa e média distância.

Texto, fotos, video, cornetas e sal grosso: Marcelo (@skelter_)

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